Afonso Cruz e Alice Vieira
Afonso Cruz vence prémio da União Europeia para Literatura
O escritor e realizador de cinema de animação Afonso Cruz foi este ano o vencedor português do Prémio da União Europeia para a Literatura, foi anunciado esta terça-feira na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha.
Afonso Cruz, nascido na Figueira da Foz, em 1971, e que é ainda ilustrador e músico, foi um dos 27 galardoados com um prémio que reconhece os melhores novos ou emergentes autores.
De acordo com a editora Quetzal, o prémio é atribuído por conta do livro ‘A Boneca de Kokoschka’.
Na literatura, Afonso Cruz estreou-se com o romance ‘A Carne de Deus’, em 2008.
Editou em Junho o romance ‘Jesus Cristo Bebia Cerveja’ e o segundo volume da ‘Enciclopédia da Estória Universal’, que reúne ficções curtas que remetem para obras e autores inventados.
Estas duas obras juntam-se a um percurso literário que inclui, por exemplo, ‘O Pintor Debaixo do Lava-loiças’, ‘A Boneca de Kokoschka’, ‘A Contradição Humana’ e ‘Os Livros que Devoraram o Meu Pai’, distinguido com o Prémio Literário Maria Rosa Colaço.
O primeiro volume da ‘Enciclopédia da Estória Universal’ valeu-lhe o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco.
O escritor é ainda um dos elementos da banda de blues The Soaked Lamb e ilustrador de vários títulos para a infância.
Cada vencedor recebe uma quantia de cinco mil euros e prioridade no concurso a fundos europeus para a tradução da sua obra noutras línguas.
A cerimónia de entrega do prémio acontecerá a 22 de Novembro, em Bruxelas.
Este prémio literário é aberto aos 37 países que fazem parte do Programa Cultura da União Europeia (os 27 Estados-membros da UE e ainda Albânia, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Islândia, Liechtenstein, Ex-República Jugoslava da Macedónia, Montenegro, Noruega, Sérvia e Turquia.
Atualmente, a Comissão Europeia investe cerca de três milhões de euros anuais em traduções literárias.
Correio da Manhã
Três anos depois de Dulce Maria Cardoso, outro autor português volta a ser distinguido com o Prémio da União Europeia para a Literatura. Afonso Cruz mereceu a preferência dos elementos do júri, integrando uma lista onde figuram escritores provenientes de países como a Itália, Croácia Noruega, Suécia, Eslovénia ou Irlanda.
Mais do que o valor monetário, de cinco mil euros, o prémio abre a possibilidade de publicação noutros países, ao fornecer prioridade no concurso a fundos europeus para a tradução da respetiva obra. “Que o prémio me permita vir a ser publicado em mais países é o meu objetivo“, confidenciou ao JN o autor, cuja obra, até à data, apenas se encontra publicada em Portugal, no Brasil e na Sérvia.
Lançado há dois anos, o romance A boneca de Kokoschska continua merecer por parte de Afonso Cruz uma devoção especial, por ter sido um dos primeiros a indicar o caminho a seguir. O singular universo criativo do também ilustrador e músico – impregnado de referências literárias abundantes e de um sedutor exercício entre a realidade e ficção – encontra-se patente nesta história, que descreve a relação tortuosa de um artista plástico com a sua amada.
Apesar do “incentivo” que representa o prémio, o autor de A contradição humana afirma que não irá passar a atribuir “mais importância aos romances em detrimentos de outros géneros” a que se dedica com frequência, como os contos.
No entanto, o sucessor de “Jesus Cristo bebia cerveja” e Enciclopédia da estória universal – recolha de Alexandria, publicados em Junho pela Alfaguara, será também um romance, embora o escritor desconheça se será publicado ainda durante este ano.
A cerimónia de entrega do prémio está marcada para 22 de novembro, em Bruxelas.
Jornal de notícias
Parabéns...
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