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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Entrega Total - Opinião

SINOPSE: "Com os últimos bens perdidos ao jogo pelo seu dissoluto irmão, Lady Sarah Compton viajou até uma festa numa casa de campo para desfrutar de um derradeiro momento de graciosidade e de beleza. Contudo, ignora que a ocasião é igualmente um famoso evento, em que membros da aristocracia podem realizar todas as suas fantasias sensuais e caprichos eróticos. Tão-pouco se apercebe de que o homem maravilhoso que entrou furtivamente no seu quarto é nem mais nem menos do que Michael Stevens, um libertino que dá e recebe ousadamente prazer…
Filho bastardo de um conde, Michael Stevens usufrui da sua reputação como o mais famoso sedutor de Londres. Contudo, não faz ideia de como atuar perante a beleza ruiva que quase confundira com uma nova conquista, nem de como uma ingénua poderia ter sido convidada para uma reunião onde a entediada elite de Londres satisfaz os seus desejos carnais. Quando Lady Sarah Compton recusa seguir o aviso de Michael – o de abandonar a casa para seu bem – nasce uma forte atração e ele anseia por ser o seu tutor na arte da paixão…
Era um jogo com apenas uma regra: o prazer final."


A opinião da Filipa

Gosto muito de intercalar leituras e adorei ainda mais ler este livro a seguir a ler um policial, nada poderia diferir mais.

Apesar de adorar livros sensuais/eróticos, começo a notar uma certa fórmula que se repete, no entanto, não deixarei de os ler, pois são sempre leituras que me são aprazíveis e me entretêm do stress/rotina do dia-a-dia.

Então, temos a história de Sarah que perdeu os pais e que teve de lutar para manter a propriedade da família, enquanto isso tem um irmão que é viciado no jogo e não só e que faz apostas duvidosas sem o conhecimento dela.

Entretanto há uma outra senhora que possui um "refúgio" para os seus amigos e conhecidos se divertirem, divertirem para além da bebida, da dança, da música. . . divertirem. . . divertirem. . . uma diversão, entre todos. . . uma diversão conjunta. . . bom. . . digamos. . . uma casa para sexo sem restrições.

É nesta casa que Sarah vai parar com o intuito de descansar um pouco, não sabendo que não foi ao acaso que para lá foi, foi na realidade uma ideia do irmão, para que ela conseguisse arranjar um marido que assim, lhes pudesse proporcionar fortuna para pagar as dívidas. Aqui, ela vai conhecer Michael, um homem irreverente e pronto para tudo. Pronto para a diversão que vai encontrar nesta casa.

O livro é fácil de ler, se bem que eu lhe retiraria umas quantas páginas para contar a mesma história.
Tem várias passagens eróticas que é o que eu também procuro quando leio este género.
E tem, uma história de amor.
Acrescento ainda que, as últimas 100 páginas são muito rápidas (de leitura), queremos saber como se vai dar o desenlace da história, foram as minhas favoritas.

Gostei mas não fiquei encantada. Quero contudo conhecer mais, pois ainda sou "verde" no género.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Teia de cinzas - Opinião

SINOPSE: "Outono em Fjällbacka. Um pescador que acabou de recolher os ovos de lagosta que lançara ao mar está em estado de choque. No deck do barco jaz agora à sua frente o corpo inerte de uma menina. Enquanto Erica Falk desespera no seu papel de mãe, Patrick Hedstrom é mais uma vez chamado a desvendar o mistério daquela morte que vai afectar de forma devastadora a vida de muita gente que lhe é próxima. E enquanto a investigação vai decorrendo, os mistérios continuam: que pasta negra era aquela que a menina tinha no estômago quando foi autopsiada? Quem atirou cinza para um bebé que ficara por um momento num carrinho à porta da loja onde a mãe tinha ido fazer compras? Que cinzas eram aquelas que atiraram à bebé do próprio Patrick Hedstrom? Perguntas a que só a investigação da competente equipa liderada por Patrick Hedstrom poderá responder."


A opinião da Filipa
 
Camilla cria sempre tramas acessíveis mas complexas e com várias teias para resolver. São sempre livros agradáveis para se ler e passar boas horas embrenhados na história.
Adorei o primeiro volume desta série ("A princesa de gelo") e já não gostei tanto do segundo ("Gritos do passado"), no entanto, não deixa de ser uma boa leitura e deixa transparecer a mestria das palavras que tem Camilla. 
Este terceiro volume, arrisco a dizer, é o meu favorito. Desde o início que me prendeu e me manteve cativa até ao fim.
Aborda temas algo difíceis, como a pedofilia, como os maus tratos a crianças, mas, são tratados com sensibilidade e respeito.

Tudo começa com o aparecimento de um corpo de uma menina de 7 anos a um lagosteiro. . . e está dado o mote para uma busca incansável pela verdade.
Patrick Hedstrom é uma personagem completa. Temos a oportunidade de o conhecer tanto profissionalmente como pessoalmente e o que é giro nesta série, é que vamos acompanhando a evolução desse mesmo crescimento interior a par da descoberta de quem fez o quê e o porquê no crime.

A história, como é habitual, vai tendo sempre desenvolvimentos, mas chega a parte do fim e é leitura compulsiva. Ao princípio são acontecimentos que não aparentam ter ligação, mas mais tarde, tudo tem uma explicação.

Neste livro, temos também desde o início capítulos virados para o passado e vamos conhecendo uma história que nada tem a ver com a corrente, ou assim pensamos.

Segui atentamente tanto a história do passado como a corrente e devo dizer que desconfiei de pessoas perto da que realmente era responsável. Cheguei a desconfiar inclusivé de uma que foi, afinal, uma vítima. . . e é assim que Camilla me conquista e é assim que estou desejosa de deitar a mão ao quarto volume da série: "Ave de mau agoiro".


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Mulherzinhas - Opinião

SINOPSE: "As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy conhecem algumas dificuldades depois da partida do seu pai para a guerra e dos problemas económicos que a família enfrenta. Mas o espírito lutador e de união que reinam naquele lar ajudam-nas a seguir em frente.
Quer em casa quer nas relações com os amigos e vizinhos, elas conseguem surpreender e continuar e ser fiéis aos seus sonhos, vivendo cada dia com esperança e boa-disposição.
Uma história em que o amor e a coragem se revelam mais fortes do que todas as dificuldades que estas quatro raparigas, juntamente com a sua mãe, têm de enfrentar."


A opinião da Filipa

Mulherzinhas é uma história familiar, que acompanha quatro irmãs no seu crescimento em que enfrentam todas as aflições, medos e alegrias próprias da idade.

Temos então Amy a mais novinha e que é a mais "mulherzinha" do grupo pois é a que liga mais à aparência e ao que os outros possam ver e crer...

Temos Beth, a personagem mais querida de toda a história, uma personagem quase irreal para ser verdadeira, uma pessoa que vive para os outros, que fica feliz por fazer feliz os outros, que não pede nada para si.
Tudo para os outros e pela felicidade destes.

Meg, a mais velha, mais rechonchuda, mais bonita e a responsável por pregar sermões, mas que tem um coração gigante.

E, depois, temos por último Jo.
A mais rebelde, a mais livre, a mais traquinas e penso que a preferida da maior parte das pessoas (sim, a minha também).
A maria-rapaz do grupo.

Depois, no centro deste furação de meninas, temos a mãe.
A personagem forte da trama pois quando tudo ia abaixo era ela que lá estava para segurar tudo e voltar a meter no sítio.
Adorei esta personagem, tanto ou mais que a Jo.

Não há uma figura masculina no lar pois estamos em guerra e por causa disso mesmo nunca estão descansadas mas lidam com esse acontecimento sempre com esperança, boa disposição e entreajuda.
(As partes em que há notícias do pai são de apertar o coração.)

Temos as picardias normais entre irmãos mas também temos o amor e amizade característicos.

Temos a amizade e companhia dos vizinhos das irmãs March que vão melhorar ainda mais toda a trama.
Como tudo começa e os actos de bondade sem serem pedidos acontecem.

A história é centrada sempre no mesmo, nestas irmãs, no seu dia-a-dia nos tempos que correm, mas nunca, nunca chega a ser aborrecido ler sobre isso.

Consigo perceber porque há pessoas que não gostam tanto porque pode por vezes ser demasiado perfeito ou bonitinho, mas é uma história tão mas tão bonita (é mesmo, não há volta a dar) que merece o tempo gasto e a distracção que provoca em nós durante esse tempo.

Esta versão não é a definitiva, ou seja, há edições que agora contêm "As mulherzinhas" e a sua continuação "Good Wives".
Como esta não tem a continuação, lá terei eu de ir procurar uma versão com a continuação pois preciso imenso de saber o que vai acontecer a estas pequenas senhoras quando forem realmente umas mulherzinhas...

 

sexta-feira, 24 de junho de 2016

À espera no centeio - Opinião

SINOPSE: "A voz do seu protagonista, o anti-herói Holden Caulfield, encontrou eco nos anseios e angústias das camadas mais jovens, tornando-o numa figura icónica do inconformismo. Da mesma forma, os temas da identidade, da sexualidade, da alienação, e do medo de existir, tratados numa linguagem desassombrada e profundamente original, fizeram de The Catcher in the Rye um símbolo da contracultura dos anos 50 e 60. Mas, passados sessenta anos sobre a sua primeira publicação, vendidos mais de 65 milhões de exemplares em quase todas as línguas, e instituído marco incontornável da literatura mundial, À Espera no Centeio mantém toda a actualidade e a frescura da rebelião."


A opinião da Filipa
 
Holden Caulfield é o nosso inconformista e saudosista protagonista.
(rimei... sem querer...?)

"As pessoas aplaudem sempre as coisas erradas"

Creio que, em todos os livros que já li, nunca li tantas queixas a cada duas frases, achei por isso inclusivé, piada, quando numa conversa, quando a história já ia longa, entre Holden e a sua irmã, esta lhe pergunta coisas de que ele gosta e ele... não sabe responder ou não responde satisfatoriamente.

Foi meia estrela que lhe retirei por tantas queixas.

A outra meia estrela que lhe tirei foi porque, nestes três dias em que Holden vagueia por Nova Iorque, após ser expulso de mais um colégio na véspera de Natal, ele refere e sabe, que os pais, sobretudo o pai, não vai ficar satisfeito quando souber de mais uma expulsão.
E, por isso, Caulfield adia a sua ida para casa.

Referindo que os pais não vão gostar, mais tarde quando visita a irmã às escondidas, esta, mais uma vez, também lhe diz que os pais "O vão matar quando souberem" mas, apesar destas referências à componente familiar, as figuras parentais nunca aparecem nestas 240 páginas de puro entretenimento.

Se me perguntarem sobre o que é a história, eu respondo, como já respondi desde que o acabei: Sobre nada.

- Sobre nada??

- Pronto, sobre tudo.

Não sei dizer mais do que isto.

"Há coisas que deviam ficar como são. Devíamos poder enfiá-las numa dessas grandes armações de vidro e deixá-las lá ficar."

Talvez saiba dizer mais isto.

O relato e o registo que o autor faz de Caulfield à procura do seu eu é qualquer coisa de brilhante.
Tenho de referir aqui, nesta busca, as conversas que existem entre ele e os seus professores favoritos.
A passagem de testemunho de quem sabe para quem ainda está a tentar aprender a perceber.

(Há também spoilers de Romeu e Julieta para quem não conhece a história e gostava de conhecer).

Como última nota, refiro que a linguagem não é acessível, é MAIS DO QUE acessível e, assim, torna-se envolvente para todos os públicos e fazem deste clássico uma leitura obrigatória e prazeirosa.

"O que caracteriza o homem imaturo é que deseja morrer nobremente por uma causa, enquanto o homem maduro se caracteriza por desejar viver humildemente por ela."

sexta-feira, 17 de junho de 2016

A 5ª Vaga - Opinião

SINOPSE: "A 5ª Vaga, o volume que dá início à trilogia com o mesmo nome, é uma obra-prima da ficção científica moderna. É um épico extremamente original, que nos apresenta um cenário de invasão extraterrestre do planeta Terra como nunca antes foi escrito ou sequer imaginado. Nesta narrativa assombrosa, uma nave extraterrestre fixa-se na órbita da terra, à vista de todos mas sem estabelecer qualquer interação. Até que, subitamente, uma gigantesca onda eletromagnética desativa todos os sistemas da Terra, e todas as luzes, comunicações e máquinas deixam de funcionar. A esta primeira vaga seguem-se outras, num crescendo de violência que devasta grande parte da humanidade. Será este o fim da existência humana sobre a Terra? Haverá ainda alguma salvação possível? Um thriller de alta voltagem, com todos os ingredientes para se tornar um grande clássico da literatura fantástica universal."


A opinião da Filipa
 
Começo pelo fim.
Dou 3* a este livro que são arredondadas de 2,5*.

A mais de meio do livro e até ao fim foi quando algo aconteceu neste livro, até chegarmos aí... morria de tédio.

Sim, conhecemos Cassie, a nossa personagem principal e a quem vamos seguir até ao desfecho deste primeiro livro da trilogia.
Sim, sabemos todo o drama à volta dela, tudo o que acontece com ela e família.
Sim, os extra-terrestres chegam e estragam o planeta terra todo, querem o extermínio dos seres humanos, de várias maneiras, que, vamos tendo conhecimento delas à medida que avançamos.

Temos conhecimento da paixão platónica dela pelo rapaz mais giro da escola (Ben) que, quando os extraterrestes chegam desaparece e ela pensa sempre que ele está morto tal como a maioria das pessoas que ela conhece.

É separada do pai e do irmão. E é aqui que ela fica com um objetivo...

Entretanto, temos a visão de um outro rapaz que vemos (pelos olhos de Cassie) como sendo um extraterrestre (um silenciador) que anda furtivo pela floresta para onde Cassie teve de fugir e esconder-se, procurando assim a sobrevivência.
Este rapaz depois vai ter o seu próprio cantinho na história, não o vemos apenas pelos olhos de Cassie.

Este silenciador (Evan) vai "colidir" com Cassie e vai salvar-lhe a vida... e aqui, começa outro objetivo... comum.

Foi a partir daqui que começou realmente a história para mim.
Como vamos ter as dúvidas de Cassie e os "esclarecimentos" de Evan ao longo do caminho, permite-nos compreender melhor o que raio se passa neste novo mundo em que milhões de pessoas foram exterminadas e em que os extraterrestres querem dominar e popular o planeta, tendo começado com uma primeira vaga para fazer isso acontecer (Luzes Apagadas), seguido nesse seu plano malévolo de uma segunda vaga (Ondas Altas), uma terceira (Pestilência), uma quarta (Silenciador) e estando agora na quinta vaga... a vaga que foi realmente surpreendente para mim... Quando os personagens se aperceberam do que se passava, também nós percebemos e confesso que disse: Brilhante!

A história tem um ritmo lento e as personagens tentando ser mais corajosas do que são adolescentes de 16/17 anos, parecem mesmo adolescentes de 16/17 anos. Aquelas frases e pensamentos de Cassie, só me faziam lembrar a minha pessoa com para aí... 10 anos.

A história desenvolve-se também sempre com imensas dúvidas e, para mim, foi isso que me manteve sempre a querer voltar ao livro. As personagens não confiam em nada nem ninguém e o autor, faz assim o mesmo jogo com o leitor.

Conseguiu cativar-me quando pensava seriamente o contrário e, sabendo já o que se passa, (sim, porque ficamos a saber o que se passa) quero saber como irá terminar esta aventura.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Anexos - Opinião

SINOPSE: "Beth e Jennifer sabem que alguém está a monitorizar os seus e-mails de trabalho (toda a gente na redação sabe, é política da empresa).
Mas, mesmo assim, não conseguem levar os avisos a sério. Insistem em enviar uma à outra e-mails hilariantes e intermináveis, em que discutem tudo sobre as suas vidas privadas.
Lincoln O’Neill não acredita no seu novo trabalho – ler os e-mails de outras pessoas. Quando se candidatou para “supervisor de segurança na Internet” imaginava-se a combater a pirataria ou a construir firewalls – e não a escrever relatórios entediantes sempre que um jornalista envia uma piada porca.
Um dia Lincoln depara-se com a correspondência de Beth e Jennifer e, apesar de saber que não a deveria ler, é incapaz de resistir às histórias cativantes. Quando finalmente se apercebe de que está perdidamente apaixonado por Beth, já é tarde demais para se apresentar.
Como conseguiria ele sequer explicar?"


A opinião da Filipa 

Terceiro livro de Raibow Rowell que leio, primeiro livro orientado para um público mais adulto.

Li Fangirl e.... não o vou reler, não me parece, ficará a ganhar pó até ter um filho adolescente...

Li Eleanor & Park e gostei muito, simpatizei de imediato com os persoagens e preocupei-me com elas.

Attachments (Anexos)... conquistou-me na primeira página.

A história centra-se num ambiente de trabalho numa redacção, em ambiente editorial, com todos os trabalhos que se desenvolvem até o jornal ir parar às nossas mãos.

Um desses trabalho é um trabalho de... segurança... duvidoso, que cabe ao nosso protagonista - Lincoln.
Ele tem de ler os e-mails de todos os trabalhores e verificar se estes não contêm palavras... menos próprias.
E é assim que, ele vai entrar nas conversas entre Beth e Jennifer, e estas, têm uma particularidade... elas não se limitam a falar de trabalho, elas falam mesmo da vida privada...

E assim, Lincoln percebe que Beth quer muito casar mas o namorado parece que não está para aí virado e que, Jennifer não quer ter um filho mas o marido está quase desesperado para que isso aconteça.

Tudo isto contado por entre dezenas de e-mails, com muito muito humor, muitas peripécias e algumas tristezas e desilusões.

À parte estes capítulos, sobretudo de e-mails trocados entre Beth e Jennifer, temos Lincoln que anda um pouco perdido... vive com a mãe mas sente-se pressionado pela irmã a sair de casa, tem um trabalho que detesta e que, a uma certa altura tenta desesperadamente sair dele, tem alguma dificuldade em fazer amigos... mas... desengane-se quem pensa que ele é mal parecido... tem é uma baixa autoestima.

Uma das minhas partes favoritas foram sem dúvida a amizade criada entre Lincoln e Doris, uma senhora já mais velha mas... bastante astuta e muito amiga.
E outra foi... bom... quando Lincoln ganha alguma coragem...

É uma história muito muito fofinha, foi um livro que dentro do género me arrebatou completamente e que recomendo vivamente, VIVAMENTE, a quem gosta deste género de leitura.

Uma leitura leve, fácil e ideal para o verão.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Doutora Tiradentes - Opinião



SINOPSE: "A escuridão invade a cidade. Crianças que deixam os dentes debaixo da almofada para a Fada dos Dentes, à espera de um presente, acordam e encontram… uma aranha viva e centenas de pulgas aos saltos na cama!
Algo de muito maléfico espreita nas sombras.
Cuidado! Esta é uma história de terror.
Com muitas palavras inventadas."



A opinião da Filipa 

"TUDO O QUE PRECISAS DE FAZER É FECHAR OS OLHOS E ACREDITAR..."

Uma dentista demoníaca aparece na cidade de Alfie e Alfie é um menino muito pobre cuja mãe morreu e o pai é muito doente e depende dele para tudo e, assim, mal têem dinheiro para as necessidades básicas do ser humano. Quando esta dentista aparece e se encontra com Alfie, este com os seus dentes todos estragados... a coisa (NÃO) podia ter corrido bem...

A relação entre pai e filho ao longo de todo o livro, mesmo até ao fim, para mim, foi o ponto forte deste livro, até porque, se eu tivesse a idade do protagonista (12 anos), eu teria amado o livro.
Como tenho mais de 10 anos de diferença do protagonista, esta história já não me cativou tanto, mas, mesmo assim, é divertida e ainda emociona.

A história é cheia de acção com o mistério dos dentes que os meninos da cidade colocam debaixo das almofadas para a fada dos dentes, servir de mote para o enredo.
Assim como as partes mais calmas, são as partes familiares, entre Alfie e o pai.
Como eram pobres, não tinham também acesso às tecnologias e pai e filho passavam os serões com o pai a transportá-los para universos que de outro modo nunca os conseguiriam atingir...

Este livro está cheio de ilustrações, o que faz com que se leia de uma assentada e o faça ideal para meninos da idade de Alfie e Gabz (a amiga (namorada??) deste).

"Ás vezes, é possível sentirmo-nos felizes e tristes ao mesmo tempo."



sexta-feira, 29 de abril de 2016

O único e incomparável Ivan - Opinião

SINOPSE: "Chamam-me «O Único e Incomparável Ivan». Os nomes são meus, mas não definem quem sou. Sou o Ivan, apenas o Ivan, só o Ivan.
O Ivan é um gorila descontraído. Vive há largos anos no Centro Comercial junto à Saída 8 da autoestrada e já se habituou aos humanos que, diariamente, o fitam do lado de lá das paredes de vidro que o rodeiam. Raramente sente saudades da vida que levava na selva. Na verdade, são raras as vezes em que recorda esses tempos.
Em vez disso, o Ivan pensa nos programas de TV a que assiste, preocupasse com a amiga Stella, uma elefante fêmea idosa, e com Bob, um cão vadio que gosta de o visitar. Mas, sobretudo, o Ivan gosta de pensar nos seus desenhos e na melhor forma de pintar o sabor de uma manga ou o som das folhas, com lápis coloridos e traços perfeitos.
Até ao dia em que conhece a Ruby: uma elefante bebé que fará com que o Ivan veja o seu lar e a sua arte com outros olhos. A chegada da Ruby proporciona grandes mudanças — e cabe ao Ivan fazer com que as coisas mudem para melhor…"

A opinião da Filipa
 
Ivan é um gorila que está num centro comercial há 27 anos.
Tem como companhia, um elefante (a Stella) e um cão (Bob) que é um rafeiro que se esgueira por uma entrada no centro comercial e vai ter com ele.
Também tem a companhia de uns pássaros que ouve e, claro, também a companhia de humanos. O Mack quem o levou para este sítio, o George, o senhor que limpa o centro comercial depois da hora do fecho e a filha deste, Julia. Uma menina que tem a mãe doente e que acompanha o pai quando este vai fazer o seu trabalho, aproveitando esse tempo para fazer os trabalhos de casa enquanto por vezes o pai a corrige e ajuda.

Ivan é um primata como os humanos e, como tal, tem uma percepção muito parecida das coisas como nós temos, o único problema dele é que, não o consegue verbalizar, porque, Ivan, já se comporta há muito e desde sempre, mais como um humano do que como o gorila destemido que devia ser.

Neste sítio, não são mal tratados, mas, também não são muito bem tratados.
Especialmente Stella. Faz três espectáculos ao longo do dia, 365 dias por ano e, um dia, numa dessas vezes, desequilibrou-se, caiu e magoou uma patinha. Esta patinha nunca foi tratada e, então infectou... e ela continuou a trabalhar e a patinha continuou infectada.

Um dia, outro elefante chega, um elefante bebé que se vai chamar: Ruby. Vai alegrar os dias do Ivan, da Stella e até mesmo do Bob.

Mas, as coisas não mudam neste centro comercial e mesmo com uma nova atracção, Mack refere que as coisas não estão fáceis e não tem muito dinheiro para despesas...

Ivan pinta. Umas vezes até consegue fazer desenhos bem sucedidos.
Julia repara nisso pois Julia também adora pinta e desenhar e fornece muitas das vezes, o papel e as tintas a Ivan.
Numa dessas vezes Ivan tem uma ideia e essa ideia vai despertar a atenção de Julia e... tudo muda.

É uma história ternurenta como há muito não lia. É também triste.
Mas são personagens corajosas e determinadas que fazem deste livro a surpresa que ele foi.

Lê-se duma assentada e é uma grande chamada de atenção para nós... humanos.
É recheada de ilustrações que agradarão a miúdos e graúdos.
Este é sem dúvida um livro para ler dos 7 aos 100 anos.

É uma história de ficção mas que é baseada numa história muito real. Existiu de facto um gorila chamado Ivan, que viveu num centro comercial e que pintava.
Morreu em 2012 com 50 anos de idade.

"Os bebés humanos são muito feios. Mas os olhos deles são como os olhos dos nossos bebés. Demasiado grandes para o seu rosto e para o mundo."

"Certa vez, a Stella disse-me em tom de brincadeira que os elefantes são seres superiores, porque sentem mais alegria e mais tristeza do que os símios.
- Os corações dos gorilas são feitos de gelo Ivan - disse, com os olhos a brilhar. - os nossos são feitos de fogo."

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Segredos Obscuros - Opinião

SINOPSE: "Sebastian Bergman é um homem à deriva.
Psicólogo de formação, trabalhava como profiler para a polícia e era um dos grandes especialistas do país em serial killers. Perdeu tudo quando o tsunami no continente indiano lhe levou a mulher e a filha.
Tudo muda com uma chamada para a polícia.
Um rapaz de dezasseis anos, Roger Eriksson, desapareceu na cidade de Västerås. Organiza-se uma busca e um grupo de jovens escuteiros faz uma descoberta macabra no meio de um pântano: Roger está morto e falta-lhe o coração.
É o momento de Sebastian se confrontar com um mundo que conhece demasiado bem.
O Departamento de Investigação Criminal pede ajuda a Sebastian. Os modos bruscos e revoltados de Sebastian não impedem a investigação de avançar. E as descobertas sobre a escola que Roger frequentava são aterradoras."


A Opinião da Filipa

Na contracapa do livro dizem: Melhor estreia sueca desde Larsson.
Eu pensei: não não. Melhor estreia foi sem dúvida a RAPARIGA CORVO de Erik Axl Sund, e isso estava a confirmar-se até a 100 páginas do fim, em que, já se sabia quem era o assassino e eu desiludida, porque, em policiais, gosto que os segredos sejam revelados a 40 páginas do fim (mais ou menos).
Mas, mas, afinal estava errada. Nessas 100 páginas ainda muito viria a ser revelado e fui... apanhada desprevenida e fui surpreendida.

É um caso que começa como tantos outros. Um adolescente é assassinado. Anda numa escola de elite mas, não tem dinheiro para a frequentar, está lá com uma espécie de bolsa. A escola é imaculada e o director da mesma, idem.

A equipa chamada para investigar o crime, não tem um início famoso e a responsável decide entrar em contacto com outros agentes policiais que conhece e sabe ser bons.
Estes tomam o comando da investigação nas suas mãos e a verdadeira investigação tem início.

Acabam por esbarrar num psicólogo que se encontra em decadência mas que é conhecido pelos seus anteriores feitos e como um dos melhores no campo. Sebastian Bergman.

Este homem é irritante, casmurro, orgulhoso mas que tem muito mais do que aparenta à superfície.

A investigação avança e avança porque Sebastian se encontra por lá.

Um suspeito, várias dúvidas e várias ligações. Subitamente temos o rapaz assassinado e a sua mãe numa teia que liga a escola de elite a muita coisa (atenção aos empregados).

O assassínio é desvendado? Sim e com grande pompa e circunstância. Estava a sentir o efeito da adrenalina enquanto lia as linhas finais. Estava como... Sebastian.

Os capítulos não são longos mas também não são muito curtos, têm o "tempo" ideal, no entanto, a escrita é muito fluida e não se dá pelo tempo a passar. Eu que sou uma leitora considerada lenta, quando pegava no livro à noite, lia 100 páginas antes de me deixar adormecer. É raro. Muito raro isso acontecer. Acho que isso por si só, já diz algo.

 

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Hercule Poirot e o Crime de Greenshore - Opinião

SINOPSE: "A convite da sua velha amiga Ariadne Oliver, Hercule Poirot vai a uma festa de verão numa aldeia encantadora do Devon. Um cenário idílico onde contavam descansar e divertir-se. Ariadne inventara até um jogo de Caça ao Assassino para animar os convivas, mas não antecipara sentir-se tão… atormentada. A sua intuição diz-lhe que algo está terrivelmente errado. E, como o magnífico detetive belga bem sabe, a intuição feminina é algo que nunca se deve menosprezar… Em 1954, Agatha Christie escreveu Hercule Poirot e o Crime de Greenshore sob o formato de conto. O objetivo era angariar fundos para a igreja da sua paróquia. Contudo, a Rainha do Crime mudou de ideias e transformou-o num romance, doando, em seu lugar, um conto de Miss Marple. Hercule Poirot e o Crime de Greenshore acabaria por não ser publicado na sua forma original, servindo apenas de base para o enredo do romance Jogo Macabro. Permaneceu “adormecido” durante sessenta anos. Até agora…"


A opinião da Filipa

Tenho de fazer uma opinião ao livro.
Sim, ao livro... enquanto... objeto.

Não sou apenas uma leitora, gosto muito de capas bonitas de livros, gosto de coleccionar livros e gosto de procurar sempre a edição mais bonita do livro que quero ler.

Então, posto isto, assim que vi o cuidado que a Asa empenhou ao trazer para nós a mesma edição que o livro em inglês, não hesitei.

Este livro é de capa dura, com uma ilustração fantástica que continua na contra-capa do mesmo, tendo vários elementos importantes que nos são contados na história, portanto, no seu interior.
Elementos favoritos da própria autora, Agatha gostava muito da flor Magnólia, logo em grande plano esta encontra-se na capa.
Temos a casa de Greenshore, que era na verdade a casa de férias de Christie.
Temos representada a casa dos barcos, uma casa muito importante para o crime que aqui vai acontecer, temos até a nossa Agatha Christie representada atrás, num dos cantos preferidos do seu jardim... uma capa brilhante, mas, não acaba aqui.

Ainda por dentro do livro, encontramos mais ilustrações, desta vez da vítima e mais uma visão dos lagos que existiam pelo jardim.

É um livro que nos dá uma visão muito real de onde foi tirada a ideia para a história, de maneira que o ambiente fica muito presente na nossa cabeça.

A história em si, não traz nada de novo, é o Hercule Poirot outra vez em grande, respondendo ao pedido da sua amiga escritora de policiais para estar perto quando esta vai recriar uma caça ao assassino... pois ela acha que algo não se encontra bem...

Uma história em que mais uma vez, temos de prestar muito bem atenção ao que os personagens secundários dizem...

 

terça-feira, 1 de março de 2016

Promessas de amor - Opinião

SINOPSE: "Elissande Edgerton é uma mulher desesperada, uma prisioneira na casa do tio tirano. Apenas através do casamento pode ela reivindicar a liberdade por que anseia. Mas como encontrar o homem perfeito? Lorde Vere está habituado a armadilhas irresistíveis. Como agente secreto do governo, localizou alguns dos criminosos mais tortuosos em Londres, enquanto mantém a sua fachada de solteirão idiota e inofensivo. Mas nada pode prepará-lo para o escândalo de ser apanhado por Elissande. Forçados a um casamento de conveniência, Elissande e Vere estão prestes a descobrir que não são os únicos com planos secretos. Com a sedução como única arma - e um segredo obscuro do passado a pôr em risco as vidas de ambos - poderão eles aprender a confiar um no outro, mesmo enquanto se entregam a uma paixão que não pode ser negada?"


A opinião da Filipa
 
Uma história tão envolvente que se lê quase dum trago! É um romance muito fofinho, com alguma sensualidade.
A relação entre os dois principais protagonistas é o toque especial. Eles adoram-se. . . mas não sabem.

Elissande, tiranizada e aprisionada em casa pelo tio, e "obrigada" a tomar conta da tia, de quem gosta muito; desesperada por mudar o rumo da sua vida, toma uma decisão rápida para tentar solucionar e melhorar o futuro de ambas. Terá sido a melhor decisão?
Lorde Vere, com a sua posição na sociedade assegurada, encarna a pele de um tolo, para passar despercebido na sua profissão - trabalhar para a coroa. É um investigador secreto.
Estes dois caem na mesma teia.

O irmão de Lorde Vere, Freddie, uma personagem encantadora, que defende o irmão com unhas e dentes, vai ser feliz nesta história, com Elissande?!!

Como não podia faltar, para apimentar a história e ser uma mais que agradável leitura, segredos. Mais uma história que não é o que parece. Desvendam-se segredos que chocam a heroína da história, heroína esta que sonha com uma ida a Capri.

Quem diria que um guia de viagens podia ser um poderoso utensílio romântico e sensual?

 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar - Opinião

SINOPSE: "Esta é a história de Zorbas, uma gato grande, preto e gordo. Um dia, uma formosa gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos antes de morrer, o ovo que acabara de pôr.
Zorbas, que é um gato de palavra, cumprirá as duas promessas que nesse momento dramático lhe é obrigado a fazer: não só criará a pequena gaivota, como também a ensinará a voar. Tudo isto com a ajuda dos seus amigos Secretário, Sabetudo, Barlavento e Colonello, dado que, como se verá, a tarefa não é fácil, sobretudo para um bando de gatos mais habituados a fazer frente à vida dura de um porto como o de Hamburgo do que a fazer de pais de uma cria de gaivota...
Com a graça de uma fábula e a força de uma parábola, Luis Sepúlveda oferece-nos neste seu livro já clássico uma mensagem de esperança de altíssimo valor literário e poético."


A opinião da Filipa

"Muitas vezes vira lá do alto como certos grandes barcos petroleiros aproveitavam os dias de neblina costeira para se afastar pelo mar dentro para lavar os tanques. Atiravam ao mar milhares de litros de uma substância espessa e pestilenta que era arrastada pelas ondas."

Esta substância espessa e pestilenta é petróleo.
E isto é descrito por uma gaivota que foi apanhada nesse mar de petróleo, voando com o seu último esforço até a um gato grande, gordo e preto (O Zorbas), e, fazendo-lhe o último pedido, diz-lhe: Vou pôr um ovo. Por favor, trata bem dele e ensina a gaivotinha que vier, a voar.

E aqui começa a "tormenta" de Zorbas, mal a sua família se vai embora de férias e ele se encontra sozinho para resolver este imbróglio.
Pois ele faz-lhe a promessa de que trataria da gaivotinha a quem mais tarde, ele e os seus amigos, dão o nome de: Ditosa.
Encontram alguns obstáculos pelo caminho mas dão sempre conta do recado, talvez não da maneira mais convencional como quando, no fim, vão ter de quebrar um tabu.

O livro está recheado de ilustrações a cores e por vezes de página inteira.
Ilustram tão mas tão bem o que se passa que, por vezes, olhava para elas e era o que eu tinha imaginado da história.

E este livro é um alerta gritante para a poluição que o ser humano tem vindo a fazer sem futuro de abrandar...

Um livro de encantar.
Como a parte de trás diz tão bem:
"Com a graça de uma fábula e a força de uma parábola, Luís Sepúlveda oferece-nos neste seu livro já clássico uma mensagem de esperança de altíssimo valor literário e poético".

A gaivota pequenina vai ter medo de se aventurar pois a sua "mãmã" é um gato e não voa, mas, no fim...

"- Sim, à beira do vazio compreendeu o mais importante - miou Zorbas
- Ah sim? E o que é que ela compreendeu?
- Que só voa quem se atreve a fazê-lo - miou Zorbas"


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Maus - Opinião

SINOPSE: "Maus ("rato", em alemão) é a história de Vladek Spiegelman, judeu polaco sobrevivente de Auschwitz, narrada por si próprio ao filho, o cartoonista Art Spiegelman. O livro é considerado um clássico contemporâneo da BD. Foi publicado em duas partes: a primeira em 1986 e a segunda em 1991. No ano seguinte, o livro ganhou o prestigioso Prémio Pulitzer de literatura.
A obra é um sucesso estrondoso de público e de crítica. Desde que foi lançada, tem sido objeto de estudos e análises de especialistas de diversas áreas - história, literatura, artes e psicologia. Com uma nova tradução, o livro é agora relançado com as duas partes reunidas num só volume.
Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazis ganham feições de gatos; os polacos não-judeus são porcos e os americanos, cães. Este recurso à imagética da fábula, aliado à ausência de cor, reflete o espírito do livro: trata-se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto. Spiegelman, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para dar espaço a dúvidas e inquietações.
De vários pontos de vista, uma obra sem equivalente no universo da BD e da literatura em geral, e um relato histórico de valor inestimável."


A opinião da Filipa

Será que quer dizer alguma coisa sobre a minha pessoa o facto de adorar livros sobre o Holocausto?

Já li alguns livros sobre o Holocausto e segunda guerra mundial. São sempre livros que adoro e ainda mais quando são histórias a relatar acontecimentos que realmente aconteceram.
Penso que o primeiro de todos foi "O diário de Anne Frank" que li... e reli... e reli... e reli...

Desde aí que de vez em quando, gosto de dar um pulo para dentro de histórias do género.
O último livro fenomenal que li do tema foi "A bibliotecária de Auschwitz" que recomendo 300 vezes.

O que nunca tinha lido é um livro sobre o Holocausto em banda desenhada.

Um livro sobre o Holocausto em banda desenhada e sabendo já o final, poderia retirar algum prazer na sua descoberta, pois quando iniciamos a leitura já sabemos que a história é contada pelo filho de um sobrevivente que lhe relata as coisas horrendas que passou. Que viu. Ouviu. Viveu.
Mas isso... não aconteceu.

Em "Maus", Spiegelman conta-nos então em bandas a história do seu pai.
Só que, também não se limita a isso.

Conta-nos também a história de quando ele estava a escrever a história, ou seja, tão depressa o leitor está com Vladek (o pai de Artie - que é uma pessoa super esperta, engenhosa e que nunca perde a esperança e coragem) quando tudo começou, quando as SS chegaram à Polónia e quiseram (e fizeram-no) infernizar a vida aos judeus e, ainda quando por fim vai parar a Auschwitz, como, estamos com Vladek e Art, no presente, a falarem disso tudo e ainda de coisas do dia-a-dia.
Como o pai de Art ficou afectado com a guerra e como isso afectou o relacionamento de ambos, como Art fica com receio de colocar esta história "para fora", os problemas de saúde de Vladek e ainda os muitos sentimentos de insegurança de Art.

E por estar em banda desenhada, a história ficou mais fácil de ser lida? Não.

E por estar em bonecos, o horror ficou mais disfarçado? Não.

Se tanto, de alguma maneira, conseguiu maximizar ainda mais a dor de um sobrevivente que perdeu tudo excepto a sua vida.



 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Ensaio sobre a cegueira - Opinião

SINOPSE: "Uma cidade é devastada por uma epidemia instantânea de "cegueira branca". Face a este surto misterioso, os primeiros indivíduos a serem infectados são colocados pelas autoridades governamentais em quarentena, num hospital abandonado. Cada dia que passa aparecem mais pacientes, e esta recém-criada "sociedade de cegos" entra em colapso. Tudo piora quando um grupo de criminosos, mais poderoso fisicamente, se sobrepõe aos fracos, racionando-lhes a comida e cometendo actos horríveis. Há, porém, uma testemunha ocular a este pesadelo: uma mulher, cuja visão não foi afectada por esta praga, que acompanha o seu marido cego para o asilo. Ali, mantendo o seu segredo, ela guia sete desconhecidos que se tornam, na sua essência, numa família. Ela leva-os para fora da quarentena em direcção às ruas deprimentes da cidade, que viram todos os vestígios de uma civilização entrar em colapso. A viagem destes é plena de perigos, mas a mulher guia-os numa luta contra os piores desejos e fraquezas da raça humana, abrindo-lhes a porta para um novo mundo de esperança, onde a sua sobrevivência e redenção final reflectem a tenacidade do espírito humano."


A opinião da Filipa

Palavras e frases que ouvi antes de pegar no livro: "É uma seca!" "O gajo tem uma escrita que não se percebe nada". "Demorei séculos a ler, boa sorte com isso." "O quê? Vais ler isso agora?"
"Eu vi o filme antes e 'tá fixe". "Gostei muito" "É dos meus favoritos, deves pelo menos tentar." "É o meu autor favorito, espero que gostes tanto como eu" "Secaaaaaaaaa".

Então, é de esperar que estava com o meu cérebro em contradição, se por um lado queria muito ler, por outro, adiava a sua compra e posteriormente a sua leitura.
"Lutar foi sempre, mais ou menos, uma forma de cegueira..."

Até que... eis que chega 2016... e eu pensei... opa, vou já começar agora em Janeiro para se realmente não gostar, e me custar a ler, ter um ano inteiro para outras leituras me alegrarem.

Comecei, graças a votos de umas pessoas queridas a que pedi que me escolhessem a próxima leitura, então a primeira palavra é para elas: O-B-R-I-G-A-D-A por me escolherem "isto".

A distopia de Saramago (já lhe foi chamada assim ou estou a ser original?) é um tema que me assusta muito e de todas as que já li, foi sem dúvida a que fiquei com medo de vir a acontecer e se acontecesse como raio ia eu sobreviver sem comida? Ou sem papel higiénico? (só para quem leu, estas referências.)

Num dia como outro qualquer, no trânsito, na paragem de um sinal vermelho, um homem cega.
A típica impaciência matinal dos condutores, começa a soar, buzinas a todo o gás, instala-se o caos, enquanto dentro do carro, o homem esbraceja e grita o que lhe aconteceu. Até que alguém lhe acode.

E esse alguém, mais tarde também irá cegar.

Quando o primeiro cego e a mulher, consultam o oftalmologista, estão na sala de espera uma rapariga com óculos escuros, um idoso com uma venda num único olho e uma mãe com o seu filho estrábico. Passam à frente pois é um caso de urgência, de cegueira branca.
Os utentes refilam.

São estes, mais a recepcionista, mais a mulher do ofalmologista, a empregada do hotel, onde mais tarde a rapariga com óculos escuros vai "trabalhar", que, vão ser os personagens principais...

Adorei cada um deles.
A escrita de Saramago (que me foi descrita como não tendo pontuações (ERRADO)), foi fantástica e não precisei de tempo de habituação.
Uma escrita corrida, com diálogos no meio do texto.

O enredo, é este, um mundo em que toda a gente cega... excepto um... a (des)organização que isso acarreta. A falta de meios. A falta de tacto. A falta de vista. A falta de empatia. A falta de compreensão. O medo. O egoísmo e o salve-se quem puder.
Presentes! (com a mãozinha no ar)

"É desta massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade."

Só não dou as CINCO ESTRELAS MERECIDAS pois queria outro final... e fiquei sem perceber se Saramago é ou não religioso. . . o significado "daquilo na igreja"...
E o significado da pessoa que não cegou... fiquei e ainda estou intrigada.

"O medo cega, disse a rapariga dos óculos escuros, São palavras certas, Já éramos cegos no momento em que cegámos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos, Quem está a falar, perguntou o médico, Um cego, respondeu a voz, só um cego, é o que temos aqui."


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Irène - Opinião



SINOPSE: "Irène é um dos mais originais e poderosos thrillers dos últimos anos. Uma homenagem à literatura policial que só poderia ser escrita por um apaixonado pelo género e por um grande escritor como Pierre Lemaitre. O autor recorre a cinco cenas clássicas de crimes para criar uma obra psicologicamente densa, surpreendente e arrebatadora."



 

A opinião da Filipa

Diabo.
Diabo diabo diabo.
Que me lembre (pois podem ter acontecido outras vezes mas já li tantos outros que não me recordo) é a única vez que me apetece escrever o que senti ao ler o livro dando um spoiler, contando mesmo coisas que aconteceram pois este livro não é spoiler nenhum... à partida.
E, quem o ler, vai perceber isto porque ao lermos este livro não lemos um livro, lemos DOIS.

Premissa: Um psicopata que mata (e rimou) imitando crimes de clássicos de literatura policial.
Um comandante pequenino (com altura < 1m50) cuja vida foi muito ligada à arte pois a sua mãe era pintora, casa-se com uma mulher (de altura normal) que venera mas que tem pouco tempo para ela.
Ela, estando grávida, passa agora muito tempo em casa e impacienta-se mas, compreende quando o "nosso" comandante não tem tempo para ela.

(Na minha opinião, há uma informação que não devia estar na sinopse do livro, que é apenas uma coisa que acontece no fim do mesmo e que torna o caso a investigar pessoal.)

Premissa interessante e cativante mas que supostamente não devia dar muito trabalho ao autor pois não teria de pensar na forma como as suas vítimas inventadas iriam morrer, supostamente.

Eu só sei que, quando se percebeu verdadeiramente o que se estava a passar, andei atarantada a voltar atrás, a ler passagens que já tinha lido, a piscar muito os olhos e a pensar: "mas eu estou a ler bem?" O que foi que me escapou? E voltava a andar para trás e para a frente.

Uma obra grandiosa adivinhava-se, uma obra com título do livro...

Não aconselho a ler o livro à noite antes de dormir, a partir do meio do livro pois podem perder horas preciosas de sono, uma vez que, não vão querer ir dormir sem saber o desfecho (aconteceu-me a mim).

É um livro muito intenso, com descrições muito gráficas e muito violentas (o que para mim é só por si um chamariz para ler o livro, quanto mais "maluco" (utilizando um eufemismo) melhor).
Para outras, pode ser um repelente.
Ter isto em atenção.

Ao início, o livro não é de ritmo muito rápido, demora até a desenvolver, pois não há muito a descobrir, pouco se sabe.

Mas mesmo não sabendo muito, comecei logo a suspeitar de várias pessoas, uma delas... um polícia.

Mais tarde, um jornalista.

Ainda mais tarde, de um aluno de literatura policial.

De um livreiro.

De um jornalista.

Mais tarde ainda, de um trabalhador de uma editora falida.

E fiquei-me por aqui. Já eram demasiados.

 
 

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