BIOGRAFIA
Designer e ilustrador, presidente do CPD. Foi responsável pelo design de publicações como o jornal “Público” e as revistas “Ler” e “Egoísta”.
Nasceu em Lisboa em 1957. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Foi director gráfico de diversas editoras e desenvolve actividade como designer gráfico, em Portugal e outros países.
Como ilustrador ganhou em 1986 o 1º Prémio da Secretaria de Estado da Cultura para o conjunto da sua obra de ilustração.
Em 1988 ganhou o Prémio Gulbenkian de Ilustração.
Em 2000 ganhou o Prémio Nacional de Ilustração com o livro “Estranhões & Bizarrocos” com texto de José Eduardo Agualusa e em 2001 ganhou de novo o Prémio Gulbenkian de Ilustração com esta mesma obra.
Em 1991 fundou o Atelier Henrique Cayatte. Projectou o sistema de sinalética e comunicação da EXPO 98 e, em 1999, ganhou o Prémio Nacional de Design.
Foi responsável pelo design das exposições “Liberdade e Cidadania 100 Anos Portugueses” e “Engenho e Obra”.
Foi o responsável pelo design editorial da revista Ler; autoria do design global do jornal Público, de que foi também fundador, editor gráfico e ilustrador; designer coordenador dos catálogos para a área de exposições de «Lisboa — capital Europeia da Cultura 94»; consultor para o design global da EXPO’98; co-responsável, com o arquitecto Pierluigi Cerri, pelo plano de sinalização e comunicação da EXPO’98, etc.).
Em 1991, fundou o Atelier Henrique Cayatte onde desenvolve trabalho de design (em diversas áreas), de ilustração e de produção editorial.
Como ilustrador, tem sido seleccionado para várias exposições em Portugal e no estrangeiro e foi por duas vezes premiado: em 1986, com o 1º Prémio de Ilustração da Secretaria de Estado da Cultura para o conjunto da sua obra; e, em 1988, com o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças pelas ilustrações do livro infantil O Grande Lagarto da Pedra Azul, de Papiniano Carlos. Cayatte foi designado candidato português ao Prémio Hans Christian Andersen 1998 (ilustração), pelo conjunto da sua obra para crianças e jovens.
De entre as mais de duas dezenas de títulos que editou, contam-se as ilustrações para obras de Alice Vieira e ainda para os seguintes volumes: História da nuvem que não queria chover, de Fernando Bento Gomes, Lisboa, Caminho, 1983; O búzio de nácar, de Carlos Correia, 2.ª ed., Lisboa, Caminho, 1986; O grande lagarto da Pedra Azul, de Papiniano Carlos, Lisboa, Caminho, 1986; O menino eterno, de José Jorge Letria, Porto, Civilização, 1994. (J.A.G.).
Em 1980 Henrique Cayatte foi para a Guiné-Bissau como professor voluntário de Língua Portuguesa.
Passado esse período na Guiné-Bissau, Henrique Cayatte, voltou a Portugal e começou a trabalhar em editoras. Esteve dois anos na área do livro escolar e infanto-juvenil.
Foi colaborador permanente da revista do “Expresso” e, nessa altura, Vicente Jorge Silva convidou-o para fazer o jornal diário “Público”.
E assim foi: “o jornal nasceu a 5 de Março de 1990”. Durante o primeiro ano acompanhou o dia a dia do jornal. Era editor, e assegurou o desenho de toda a publicação.
Colaborou no jornal até 2000,antes da reformulação, demitindo-se por não concordar com as mudanças.
Em relação ao seu trabalho no “Público”, pensa que este foi “muito mediatizado e ficou muito no centro das atenções”, e explica que “foi também a primeira vez que, por coincidência histórica, havia qualquer coisa em rede, integralmente desenhada em computador neste país.
Na área da informação, Henrique Cayatte desenhou a revista “Ler”, toda a imagem e cenografia do CNL, o “Jogo”, a “TV Guia”. Conforme explica, “esta experiência da informação é capaz de ter começado, no momento fundador, quando ainda estava na Caminho, e realizei com o Miguel Portas uma revista de contracultura chamada “Contraste”, que era um projecto em que todos os colaboradores trabalhavam gratuitamente, tinha periodicidade mensal e uma distribuição marginal em bares, restaurantes, associações de faculdades. É precisamente a meio da “Contraste” que somos convidados para preparar um número especial que o “Expresso” fez sobre os Descobrimentos”.
Em relação aos projectos mais marcantes, Henrique Cayatte refere o “Público”, “a seguir veio a “Ler”, mas agora tenho um projecto que é a menina dos meus olhos que é a “Egoísta””.
A sua maior preocupação, ao nível do design, e não só o de informação, “é a legibilidade. Eu defendo uma atitude do designer que é a do designer invisível, em que ele não pode criar uma barreira entre quem emite e quem recebe. Eu defendo que o designer não tem que estar em primeiro lugar”.
Foi um dos 25 ilustradores portugueses presentes no Portugal/Bologna 2012.
In Designs Potugueses's Weblog
Sem comentários:
Enviar um comentário