Ancorei as palavras!
Ancorei as palavras
para que me adivinhes
entre taciturnos ventos
Resta uma palavra caída
aqui e ali
que amargamente inventei
Ancorei as palavras
numa noite de sonho e tormento
levadas como poeira pelo vento
Resta um corpo que corre
debaixo de um céu
para o leito de prazeres supremos
Ancorei as palavras
aprisionando o próprio corpo
refletido num espelho que não vejo
Resta um sonâmbulo momento
em que procuro a febre
de um fantasma ausente
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