SINOPSE: "Tony Webster e a sua clique só conheceram Adrian Finn no fim do liceu. Famintos de livros e de sexo, e sem namoradas, viviam esses dias em conjunto, trocando afetações, piadas privativas, rumores, e mordacidades de todo o género. Talvez Adrian fosse mais sério do que os outros, e seria certamente mais inteligente. Mesmo assim juraram que ficariam amigos para o resto da vida. Tony está agora reformado. Teve uma carreira, um casamento e um divórcio amigável. E nunca fez nada para magoar ninguém - ou pelo menos acredita nisso. Mas a chegada da carta de uma advogada desencadeia uma série de surpresas e acontecimentos inesperados que lhe vão mostrar que a memória é afinal uma coisa altamente imperfeita O Sentido do Fim, o mais recente romance de Julian Barnes e livro recém-galardoado com o Man Booker Prize 2011 - é a história de um homem que se confronta com o seu passado mutável. Com marcas da literatura inglesa clássica - na apreciação do júri que o distinguiu - O Sentido do Fim constrói, com grande delicadeza e precisão, uma trama tensa, forte, e revela a mestria de um dos maiores escritores dos nossos tempos."
A minha opinião
O livro é composto por duas partes. A primeira, dá-nos a conhecer a época de juventude da personagem principal, Tony, e dos seus três amigos, a par com uma história de amor muito complicada. Os pensamentos e os acontecimentos relatados são a base para a segunda parte do livro, na qual Barnes nos demonstra como as nossas ações nos acompanham para toda a vida, demonstra como as nossas memórias podem estar erradas, porque, por vezes, partem de pressupostos errados e de premissas incompletas.
Ao longo da narrativa, o autor, em jeito de balanço, faz ligações passado/presente e aprofunda sentimentos e recordações e reflete sobre as suas vivências como se de uma conversa se tratasse.
Barnes apresenta-nos uma escrita fluída e simples, mas sublime e profunda na demonstração dos sentimentos e emoções. É um romance que fala da vida, na sua plenitude, com erros, fantasia, alegrias, e fala de como os grandes e pequenos momentos nos afetam, como podem tornar-se a diferença, como são ou não importantes na nossa tomada de decisão e como implicam ou não no nosso caminhar e na nossa aceitação da vida como um pequeno espaço entre o nascimento e a morte. Leva-nos a refletir sobre esse espaço, sobre o que fizemos e podemos fazer para chegar ao fim de uma forma harmoniosa, não esquecendo porém que, tudo o que fazemos, todas as decisões que tomamos, todos os caminhos que escolhemos têm implicações no nosso caminhar e no caminhar de quem nos acompanha e de quem connosco se cruza.
Gostei muito deste livro e desta reflexão, pareceu-me, no entanto, que muito mais haveria a dizer. Soube-me a pouco!
Tenho este livro na estante e estou ansioso por pegar nele.
ResponderEliminarVasco
http://vascoricardo.blog.com
Pega rápido, não te vais arrepender.
ResponderEliminarAlém disso lê-se num ápice.