SINOPSE: "Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura. Livro confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importância no panorama literário internacional."
A minha opinião
Foi com enormes expetativas que parti para a leitura de mais um livro de José Luís Peixoto.
Não estava à espera de uma escrita fácil, porque a escrita deste autor não o é, assim como não são todas as escritas com cariz poético. Peixoto escreve sentimentos, emoções sem fim, alegria, tristeza raiva, amor, escolhas,… de uma forma poética muito própria e incomum. Para um autor tão novo é de louvar os seus conhecimentos e a forma de os transmitir. Transporta-nos para dentro dos livros, faz-nos viver/reviver momentos, mexe com todos os sentimentos possíveis e inquieta-nos.
Livro, está dividido em duas partes distintas, adorei a primeira e gostei da segunda. É um livro de personagens e não de personagem, todas elas são importantes no desenrolar da trama. Um livro que me surpreendeu pela originalidade, pela ousadia, é um livro dentro de um livro, diferente, com uma história simples, mas carregada de sentimentos, com técnicas que prendem o leitor de forma enérgica e interessante. Livro fala-nos de um livro, Livro é uma personagem, Livro é um livro que me seduziu!
Livro, só veio consolidar ainda mais a posição deste autor no panorama literário português. Tenho muito orgulho dos escritores que temos e um carinho muito especial por este porque cresceu aqui perto, no meu distrito.
Leiam, quem já conhece ficará encantado e quem resolver experimentar, não se irá arrepender!
O autor
Nasceu em 1974, em Galveias, concelho de Ponte de Sôr (Portalegre). É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Publicou, durante vários anos, textos de poesia e prosa no suplemento DN Jovem. Foi, durante alguns anos, professor do ensino secundário, tendo dado aulas na Lousã, em Oliveira do Hospital e na Cidade da Praia, em Cabo Verde.
Vencedor do Prémio Jovens Criadores do Instituto Português da Juventude nos anos de 1998 e 2000, tinha já publicado, antes de Nenhum Olhar, vários conjuntos de poemas, nos cadernos Átis, e a ficção breve Morreste-me, dada à estampa em Maio de 2000, numa edição de autor rapidamente esgotada.
Em Outubro de 2000 publicou, na Temas e Debates, o seu primeiro romance, Nenhum Olhar, que lhe valeu de imediato um largo reconhecimento da crítica, plenamente confirmado com o facto de ter vencido, no ano seguinte o Prémio José Saramago, da Fundação Círculo de Leitores, e foi considerado finalista para a atribuição de dois dos mais importantes prémios literários desse mesmo ano: o Grande Prémio de Romance e Novela da APE e o Prémio do Pen Club.
Foram estes dois livros que, já traduzidos em quatro línguas e em negociação para várias outras, lhe garantiram o lugar que hoje ocupa como um dos jovens romancistas de maior destaque na Europa.
O livro de poesia A Criança em Ruínas, lançado em 2001 e com edições sucessivas, constituiu um novo êxito de público e de crítica.
O lançamento de Uma Casa na Escuridão (romance) e de A Casa, a Escuridão (poemas), feito em simultâneo em Outubro de 2002, é outro marco importante no percurso do autor, pela originalidade de uma ficção e de um livro de poemas que remetem para um mesmo e fortíssimo universo ficcional.
Tendo representado Portugal em diversos eventos literários internacionais (Paris, Madrid, Frankfurt, Zagreb, entre outros), foi em 2002 o primeiro autor português convidado para a residência de escritores na Ledig House, em Nova Iorque.
É colaborador regular de vários jornais e revistas como o DNA (Diário de Notícias), e o Jornal de Letras.
Vencedor do Prémio Jovens Criadores do Instituto Português da Juventude nos anos de 1998 e 2000, tinha já publicado, antes de Nenhum Olhar, vários conjuntos de poemas, nos cadernos Átis, e a ficção breve Morreste-me, dada à estampa em Maio de 2000, numa edição de autor rapidamente esgotada.
Em Outubro de 2000 publicou, na Temas e Debates, o seu primeiro romance, Nenhum Olhar, que lhe valeu de imediato um largo reconhecimento da crítica, plenamente confirmado com o facto de ter vencido, no ano seguinte o Prémio José Saramago, da Fundação Círculo de Leitores, e foi considerado finalista para a atribuição de dois dos mais importantes prémios literários desse mesmo ano: o Grande Prémio de Romance e Novela da APE e o Prémio do Pen Club.
Foram estes dois livros que, já traduzidos em quatro línguas e em negociação para várias outras, lhe garantiram o lugar que hoje ocupa como um dos jovens romancistas de maior destaque na Europa.
O livro de poesia A Criança em Ruínas, lançado em 2001 e com edições sucessivas, constituiu um novo êxito de público e de crítica.
O lançamento de Uma Casa na Escuridão (romance) e de A Casa, a Escuridão (poemas), feito em simultâneo em Outubro de 2002, é outro marco importante no percurso do autor, pela originalidade de uma ficção e de um livro de poemas que remetem para um mesmo e fortíssimo universo ficcional.
Tendo representado Portugal em diversos eventos literários internacionais (Paris, Madrid, Frankfurt, Zagreb, entre outros), foi em 2002 o primeiro autor português convidado para a residência de escritores na Ledig House, em Nova Iorque.
É colaborador regular de vários jornais e revistas como o DNA (Diário de Notícias), e o Jornal de Letras.
Wook
Olá Clarinha,
ResponderEliminarDesde já parabéns por este teu cantinho. Tenho vindo aqui fazer umas leituras sobre as tuas opiniões.
E por acaso anda à procura de uma opinião sobre o José Luís Peixoto. Tenho o lirvo Cemitério de Pianos para ler, já inicei mas vi-me obriga a desistir porque não me estava a cativas. Gostaria de saber se já leste este livro e qual a tua opinião.
Talvez me oferças algum entusiasmo e eu consiga retomar a leitura.
Boa semana
Olá Silvana, obg pelos parabéns.
EliminarPor acaso já li o Cemitério de Pianos e gostei. Mas a escrita do Peixoto não é mt vulgar, logo não é fácil. Tenho uma amiga k já tentou e diz k não é nada fácil.
Gosto do escritor; gosto de uns livros mais de outros menos. Livro é mt bom e tb aconselho o Nenhum Olhar, ouvi dizer que o Abraço é bom, mas ainda não li. Não te preocupes, põe de lado, tenta noutra altura e, pode ser k te surpreendas, já me aconteceu.
Espero ter ajudado.
bjs
Obrigada Clarinha! Vou seguir o teu conselho... Talvez seja melhor pegar noutra altura, pode ser que assim funcione! Bjs
ResponderEliminarJosé Luís Peixoto é o meu escritor favorito. Excelente escolha, gostei muito de "Livro". Boa crítica!
ResponderEliminarObrigada Selina.
EliminarBoas Leituras!
Ainda bem que gostas do meu projecto! E de JLP (agora que me encantou novamente).
ResponderEliminarTenho estado a pensar em alguém para me ajudar no meu projecto!
E pensei em ti...
ResponderEliminarObrigada Olinda!
EliminarVamos falando sobre o assunto. Quem sabe!?