SINOPSE: "«Um clássico é um livro que nunca acaba de dizer o que tem para dizer». Italo Calvino
Proclamado
pela revista Time como um dos cem melhores romances em língua inglesa
do século XX, Mrs. Dalloway é a grande obra de Virginia Woolf, o
primeiro dos seus romances a sair dos cânones tradicionais, adoptando a
técnica da corrente de pensamentos com maestria.
Romance sobre o
tempo e a desconexão da existência humana, Mrs. Dalloway faz coexistir,
não só na mente das personagens que integram a obra mas também nas suas
páginas, o passado, o presente e o futuro, lembrando o leitor que o
tempo actual é influenciado pelo que o antecedeu e pelo que lhe
sobrevirá.
Centrado em Clarissa Dalloway e ambientando no
período pós Primeira Guerra Mundial, o livro eleito por Teresa Patrício
Gouveia reflecte, na verdade, a história da crise de um indivíduo, de
uma classe, de uma sociedade e do próprio romance.
Não obstante o
facto de ter sido publicado pela primeira vez em 1925, logo nas
primeiras páginas, refere Teresa Patrício Gouveia no prefácio desta
edição, «constatamos como o seu olhar (de Virginia Woolf) e a sua
escrita são totalmente modernos».
Mrs. Dalloway é o quarto
título da colecção «Os Livros da Minha Vida». Esta é uma colecção que
visa destacar alguns dos livros que ao longo dos séculos marcaram a sua
época, entraram para a História da Literatura e, por qualquer razão, se
tornaram especiais para determinada personalidade pública."
A opinião da Filipa
Este é talvez dos livros mais entediantes que já tive a oportunidade de ler.
Demorei mais de 10 dias e o livro.... tem 200 páginas.
Virginia Woolf conta-nos a história do que se passa na vida de vários personagens, em Londres, num pós-guerra.
Conta-nos tudo o que se passa apenas num período de... um dia.
Em que o Big Ben é também ele, por si só, uma personagem.
Acompanhamos Mrs.Dalloway na sua azáfama para no final do dia dar uma festa. Regressar às suas festas.
No entretanto, conhecemos a sua filha que tem 18 anos e uma senhora que é versada em história mas é tratada quase como uma simples criada. Mrs. Dalloway tem inveja da interacção e do tempo que esta passa com a sua filha. A senhora detesta Mrs.Dalloway.
Quando estamos focados neste pequeno vislumbre da vida de Mrs. Dalloway, também a autora nos leva aos anos de juventude da mesma.
Conhecemos a relação que Mrs. Dalloway teve com Peter Walsh. Um homem que aparece na narrativa e que eu não percebi o que lhe aconteceu... pareceu-me um homem que se apaixonou, que se foi embora para a Índia, que regressou agora e continuou apaixonado. Foi tudo o que retive sobre este personagem.
Assistimos ao reencontro de ambos, no presente.
Conhecemos também um casal que se encontra fragilizado pois o elemento masculino, Septimus, combateu na guerra e, sofre neste momento de stress pós-traumático, nome que naquela altura ainda era desconhecido.
Isto, vai ter conhecidas consequências para nós que já conhecemos o termo...
Conhecemos também Mr. Dalloway, que tem muito pouca relevância, sendo assim, também pouco posso dizer sobre ele.
E as horas arrastam-se (páginas passam) sem que se passe nada de relevante até à hora da festa e, aí, na festa (perto do fim do livro, nas últimas 50 páginas)....... poucas coisas acontecem também.
Vemos o comportamento da anfitriã com todos os convidados, que vão de pessoas de alta sociedade, (até um primeiro-ministro!), até pessoas que não têm grande relevância, pelo menos para Mrs.Dalloway...
Um livro sem grande desenvolvimento.
Um livro sobre relações.
Sobre solidão.
Sobre as decisões incorrectas que fazemos ao longo da vida.
Um livro que quase abraça (ou abraça mesmo?) a morte.
Tendo em conta o fim da própria autora, quer-me parecer que já era possível vermos neste livro, a inclinação que ela tinha para o suicídio, para tristezas, ou mesmo, depressões... mas isso, já é um devaneio meu.
Demorei mais de 10 dias e o livro.... tem 200 páginas.
Virginia Woolf conta-nos a história do que se passa na vida de vários personagens, em Londres, num pós-guerra.
Conta-nos tudo o que se passa apenas num período de... um dia.
Em que o Big Ben é também ele, por si só, uma personagem.
Acompanhamos Mrs.Dalloway na sua azáfama para no final do dia dar uma festa. Regressar às suas festas.
No entretanto, conhecemos a sua filha que tem 18 anos e uma senhora que é versada em história mas é tratada quase como uma simples criada. Mrs. Dalloway tem inveja da interacção e do tempo que esta passa com a sua filha. A senhora detesta Mrs.Dalloway.
Quando estamos focados neste pequeno vislumbre da vida de Mrs. Dalloway, também a autora nos leva aos anos de juventude da mesma.
Conhecemos a relação que Mrs. Dalloway teve com Peter Walsh. Um homem que aparece na narrativa e que eu não percebi o que lhe aconteceu... pareceu-me um homem que se apaixonou, que se foi embora para a Índia, que regressou agora e continuou apaixonado. Foi tudo o que retive sobre este personagem.
Assistimos ao reencontro de ambos, no presente.
Conhecemos também um casal que se encontra fragilizado pois o elemento masculino, Septimus, combateu na guerra e, sofre neste momento de stress pós-traumático, nome que naquela altura ainda era desconhecido.
Isto, vai ter conhecidas consequências para nós que já conhecemos o termo...
Conhecemos também Mr. Dalloway, que tem muito pouca relevância, sendo assim, também pouco posso dizer sobre ele.
E as horas arrastam-se (páginas passam) sem que se passe nada de relevante até à hora da festa e, aí, na festa (perto do fim do livro, nas últimas 50 páginas)....... poucas coisas acontecem também.
Vemos o comportamento da anfitriã com todos os convidados, que vão de pessoas de alta sociedade, (até um primeiro-ministro!), até pessoas que não têm grande relevância, pelo menos para Mrs.Dalloway...
Um livro sem grande desenvolvimento.
Um livro sobre relações.
Sobre solidão.
Sobre as decisões incorrectas que fazemos ao longo da vida.
Um livro que quase abraça (ou abraça mesmo?) a morte.
Tendo em conta o fim da própria autora, quer-me parecer que já era possível vermos neste livro, a inclinação que ela tinha para o suicídio, para tristezas, ou mesmo, depressões... mas isso, já é um devaneio meu.
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