segunda-feira, 31 de março de 2014

A confissão da parteira - Opinião


SINOPSE: "Quando Noelle, uma mulher dedicada, vibrante e querida por todos, decide pôr termo à vida, a pequena cidade de Wilmington, na Carolina do Norte, fica em estado de choque. A única pista para o sucedido é uma estranha carta que Tara e Emerson, duas das suas melhores amigas, encontram um dia em sua casa. À medida que um segredo de contornos dramáticos começa a ser desvendado, tudo o que sabem sobre Noelle terá de ser reavaliado à luz de uma nova perspetiva – de traição e engano, mas também de amor, compaixão e esperança."



A opinião da Vera
A capa chamou-me a atenção. A sinopse deixou-me curiosa. A referência que os fãs de Jodi Picoult iriam gostar deste livro fez com que o quiser ler rapidamente. 

Devo dizer que este é daqueles livros viciantes, ontem ia a menos de meio e só o conseguir largar quando cheguei à última página. Oferece-nos uma excelente trama, muito suspense, desperta-nos a curiosidade para o facto de conhecermos (ou não) realmente as pessoas que nos rodeiam. Mentira e traição, amizade, mistério e suspense foram os ingredientes que dominaram a narrativa e que me envolveram como já algum tempo nenhum livro fazia.

Noelle, Tara e Emerson. Três amigas que partilham as suas vidas entre si e que se conhecem desde a faculdade. Na verdade, não se conhecem de todo.
Noelle cruza-se com Tara e Emerson quando estas vão para a mesma faculdade e ela se torna a responsável pelo piso da residência de estudantes onde vão ficar. Mas Noelle já "conhece" Emerson e deseja profundamente ficar perto dela e acompanhar a sua vida, por mais doloroso que isso possa ser. Irá manter o segredo que as une até ao fim.
Os anos passam, Tara e Emerson casam e têm duas filhas que são as melhores amigas. Noelle chegou a estar noiva mas nunca casou nem teve filhos. Mora perto das amigas e faz parte das suas vidas.
Só quando a amiga se suicida é que Tara e Emerson a vão conhecer realmente. Tentando entender o porquê do seu suicídio, elas vão ficar a saber que não conheciam nada da vida da amiga. E as surpresas vão ser mais do que muitas e tiram o fôlego ao leitor. Quando achamos que já descortinámos tudo, a autora brinda-nos com mais uma surpresa. É viciante.
Depois da morte do marido de Tara num acidente terrível, ela foi-se apercebendo que a relação com a sua filha Grace é muito mais complicada do que desejaria. Esta relação vai ser posta à prova de uma forma brutal e vai trazer ao de cima os sentimentos que unem uma mãe a uma filha de uma forma bela e que nos aquece o coração. 
Por outro lado, Emerson casou com Ted e tem uma relação fantástica com a filha de Jenny. Esta namora com e ajuda a mãe no Hot, o café que a mãe sempre desejou ter. É a melhor amiga de Grace e quando age por impulso numa tentativa de ajudar a amiga, não imagina a reviravolta que as suas vidas irão levar. 

A meu ver não faz sentido, revelar as peripécias que alimentam o livro pois isso tiraria metade do prazer da leitura. Acreditem, vale a pena desfolhar para descobrir.

Só para "abrir um bocadinho o livro", as amigas de Noelle vão encontrar uma carta com uma revelação bombástica e que as faz, moralmente, querer descobrir a verdade. Irão começar por descobrir que Noelle, parteira de profissão, afinal não deixou de exercer à dois anos atrás, mas sim à doze anos e que os motivos para isso ter acontecido são, afinal, desconhecidos. Apercebem-se que não conheciam Noelle e desejam profundamente encontrar as razões para todo o mistério, que fez com que a amiga vivesse uma vida de mentira. 

Uma leitura alucinante que não vão querer perder.

Recomendo - março de 2014

Dois romances, duas formas de escrever diferentes, dois livros que me cativaram plenamente!

Opinião do "No meu tempo"

domingo, 30 de março de 2014

Vida noutro blog 101

Um blog original que sigo há muito pouco tempo, mas que me tem cativado dia a dia.
Uma forma diferente, inteligente e dinâmica de divulgação.
Um espaço cheio de energia, que merece ser visitado e acompanhado.


sábado, 29 de março de 2014

Paixão proibida em Summerset Abbey - Opinião





SINOPSE: "Os amantes da série televisiva Downton Abbey têm no novo livro de T. J. Brown mais uma oportunidade de reviver os usos e costumes da época vitoriana e os jogos de poder da aristocracia britânica. A autora inspirou-se na mesma época retratada na famosa série de televisão para contar as histórias de Rowena, Victoria e Prudence, três jovens à procura do seu lugar numa sociedade em mudança. O mundo prepara-se para uma provável guerra e os modelos sociais estão em convulsão."



A minha opinião

Já foi há algum tempo que li o primeiro livro da trilogia “As Mulheres de Summerset Abbey”. Fiquei muito interessada na continuação, uma vez que foi uma leitura muito agradável. É certo que terminou de uma forma muito inesperada, mas deixou o leitor ávido pela continuação.

Neste segundo livro da série reencontrei Rowena, Victoria e Prudence. Estava à espera de tudo, menos do nascer de um amor tão carinhoso de Prudence pelo marido. Esperava que o final do primeiro livro fosse apenas para nos despertar a curiosidade. Mas não foi assim que aconteceu. Em “Paixão Proibida”, a autora também nos deixa penduradas nos encontros e desencontros dos apaixonados, é como um cunho pessoal. 

Numa escrita, clara e fluída, agradou-me imenso o caminho que T J Brown deu à história. Desta vez acompanhámos, principalmente, o crescimento de Victoria e as dramáticas mudanças na sua vida. Ao mesmo tempo fomos tomando conhecimento do seguimento das vidas de Rowena e Prudence. São três mulheres de fibra que lutam pelo seu lugar numa sociedade que ainda as considera seres inferiores e menos inteligentes. São a força das histórias de mulheres que lutaram pela igualdade de direitos e oportunidades no início do século passado.

Estou demasiado curiosa acerca do desfecho destes “imbróglios”! Espero que o terceiro livro não demore a ser publicado.

Elegia de homenagem à mulher


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo
é caminhar por entre o verde
saber que se ganha e que se perde
e ficar-se a sorrir, sempre.

Belo
é ver cair à volta o mundo
ouvir-se o lamento do moribundo
e ficar-se a rir eternamente.

Belo
é não pensar, não ler, fantasiar
e nas grandes noites
apenas sonhar, sonhar.

Belo
é o grande mar, o céu azul
e o doido que ri
sem saber o que quer ou o que não quer.

Mas o mais belo de tudo
é a mulher.

Todo o belo que existe cabe em si.
 
 

sexta-feira, 28 de março de 2014

Uma casa em Portugal - Opinião

SINOPSE: "Uma história verdadeira que relata as alegrias e as frustrações de um casal de americanos a viver em Portugal.
Para escapar ao inverno rigoroso da Nova Inglaterra, Richard e Barbara Hewitt decidem comprar uma casa com 300 anos situada numa aldeia minúscula nos arredores de Lisboa. Assim começam as aventuras -- e as desventuras -- do casal. Em breve descobrem que a sua pitoresca casa de sonho é não apenas estruturalmente frágil, como não possui nenhuma das condições básicas de conforto. Por outro lado, o contacto com a população local revela-se frequentemente desconcertante. António, o auto-proclamado mestre pedreiro e carpinteiro, mostra-se exímio na arte de arranjar desculpas para faltar ao trabalho, e Alberto, o electricista, desempenha as suas funções de uma forma extremamente sui generis, isto é, por tentativa e erro.
Servido por um humor irresistível e, afinal, por uma ternura muitas vezes tocante pelas coisas portuguesas, Uma casa em Portugal irá certamente deliciar o leitor. As considerações de Richard Hewitt sobre a «lógica singular» do estilo de vida português surgem impregnadas dessa frescura que é apanágio dos observadores estrangeiros, capazes de se espantarem com um sem número de idiossincrasias e peculiaridades que nos passam despercebidas..."


A opinião da Margarida

Dei umas boas gargalhadas!

Apesar de no inicio ter ficado zangada (?) pois parecia-me apenas que o autor estava a ridicularizar os portugueses e eu detesto que alguém diga mal dos “meus” (eu posso dizer, mas ai de quem, de fora, o faça!), rapidamente me lembrei de situações pelas quais passei, por motivos profissionais em enormes filas e horas sem fim em Repartições de Finanças, Conservatórias, Notários, parentes e afins para conseguir um simples documento, de prazos de entrega de materiais eternamente adiados com justificações que não lembram nem ao diabo e dei uma boa gargalhada! A primeira, porque depois, ao longo do livro dei muitas!

Conta, com um humor fantástico (e com carinho, também) as aventuras e desventuras de um casal americano que resolve vir viver para este cantinho à beira-mar plantado e de brandos costumes e as situações por que tem de passar para conseguir restaurar uma pequena casa numa aldeia de Portugal! Situações para nós tão comuns que já quase não lhes damos importância, tornam-se para um observador estrangeiro situações surpreendentes!

Algumas cenas são realmente hilariantes! Aconselho a quem não tem medo de rir de si próprio e gosta de dar umas boas gargalhadas!

Gostei muito e logo que seja possível quero ler Regresso à Casa em Portugal

“As considerações de Richard Hewitt sobre a «lógica singular» do estilo de vida português surgem impregnadas dessa frescura que é apanágio dos observadores estrangeiros, capazes de se espantarem com um sem número de idiossincrasias e peculiaridades que nos passam despercebidas...” (in: sinopse na contracapa).


quinta-feira, 27 de março de 2014

Passatempo "Uma promessa de felicidade" 3º Aniversário - Resultado


Com 127 participações efetivas e 115 com respostas certas, apurei 197 participações incluindo as entradas extra. 
Não consegui abrir o Random e usei a calculadora para gerar o número sorteado.
A Dona Calculadora escolheu o nº10 que corresponde à participação da:

Filomena Rodrigues Sousa
 de Vila Nova de Gaia

Parabéns à Filomena, obrigada a todos os participantes e, até ao próximo passatempo! :)

Eu já vi! 166

Desta vez trago-vos duas capas, que não sendo iguais, são certamente baseadas na mesma ideia.
Concordam comigo ou nem por isso?!


quarta-feira, 26 de março de 2014

A rapariga-corvo - Opinião

SINOPSE: "A psicoterapeuta Sofia Zetterlund está a tratar dois pacientes fascinantes: Samuel Bai, um menino-soldado da Serra Leoa, e Victoria Bergman, uma mulher que tenta lidar com uma mágoa profunda da infância. Ambos sofrem de transtorno dissociativo de personalidade. A agente Jeanette Kihlberg, por seu lado, investiga uma série de macabros homicídios de meninos em Estocolmo. O caso está a abalar a investigadora, mas não tem tido grande destaque devido à dificuldade em identificar os meninos, aparentemente de origem estrangeira. Tanto Jeanette como Sofia são confrontadas com a mesma pergunta: quanto sofrimento pode um ser humano suportar antes de se tornar ele próprio um monstro? À medida que as duas mulheres se vão aproximando cada vez mais uma da outra, intensificam-se os segredos, as ameaças e os horrores à sua volta."


A opinião da Filipa

"Podemos ser maus se não nos sentirmos culpados?
Ou será que o sentimento de culpa é condição para a maldade?"


Adoro policiais. Em tempos, era só o género que lia, presentemente, leio muito mais coisas, no entanto, se tivesse que escolher um género favorito, a escolha recairia sempre sobre os policiais.
Já li muitos e de alguma maneira continuam sempre a surpreender-me, quer pela sua narrativa, quer pelos personagens escolhidos para serem a face negra do romance, quer pelos crimes cometidos, quer pela pressão psicológica. . . e este, este livro. . . apresenta todas as excelentes características de um thriller, mas, surpreendeu-me pela sua pressão psicológica. . . pressão essa que destruiu as personagens que nele moram e, também, "destrói" o leitor. . .

"Ouço e esqueço, vejo e lembro-me, faço e compreendo".

Tinha lido excelentes opiniões e comentários ao livro e já me tinham preparado para o facto de ser violento e assustador, mas, nada melhor do que "ler para crer".

"A rapariga-corvo" apresenta-nos personagens fortes femininas.

Sofia Zetterlund, é uma psicoterapeuta e lida com casos extremamente difíceis, pessoas traumatizadas com eventos passados na sua vida e ela, através do tempo que dispõe em cada consulta, tenta de alguma maneira ouvi-los e aliviá-los do peso que carregam.
Está, neste momento a tratar principalmente transtornos de personalidade, ou seja, pessoas que, têm memórias que as magoam tanto que elas escondem-se numa outra "persona" para tentar lidar com isso mesmo.

Jeanette Kihlberg é uma polícia que tenta deslindar todos os casos de meninos mortos que de repente assolam Estocolmo. Ela, em conjunto com o seu parceiro tentam chegar a pessoas que nem o procurador quer que sejam investigadas. . .

Ambas as personagens têm algo em comum.
Não estão satisfeitas com a vida que levam. Por essa razão, vão encontrar-se e ajudar-se mutuamente nos dias correntes. . .

Victoria Bergman, uma das pacientes de Sofia. Dos casos mais difíceis, se não o mais difícil, que Sofia alguma vez enfrentou.
Uma mulher perturbada mas que procura ajuda e não desiste.
Abomina a fraqueza.

A estória alterna entre o presente e o passado, para assim, o leitor conseguir compreender certos factos que vêm a lume no presente.
Os capítulos são curtos e ricos em tensão.

"Quanto sofrimento pode um ser humano suportar antes de se tornar ele próprio um monstro?"

Percorremos os recantos mais sombrios da pedofilia e do tráfico de crianças.
Violência entre crianças-soldado, que são treinadas para. . . matar.
Maldade entre crianças para criar diversão. Humilhação. Integração.
Lutas entre crianças e anestésicos comuns. . .
Pressão psicológica.
Sedução.
Manipulação.

Ao longo de todo o livro senti o quão difícil é ler um livro tão poderoso quanto este. E escrever, creio que também.
É soberbo na sua maldade.
Um livro que NÃO é um lugar-comum.
Apercebemos-nos da luta interior de quem sofreu muito e de como escolhem lidar com isso.
A construção das personagens está tão bem feita que olhamos, mas não vemos, a perturbação inerente.

Há uma reviravolta que nos apanha desprevenidos.
Temos algumas indicações do que está prestes a acontecer, mas, quando acontece, é tão inesperado que ficamos sem saber reagir com o livro na mão. . . e, pensamos, como foi que erik axl sund me apanhou...

"As asas da mosca estão irremediavelmente presas na pastilha elástica. Não vale a pena tentares voar, pensa a Rapariga-Corvo. Nunca mais voarás. Amanhã o sol brilhará, mas não para ti".

terça-feira, 25 de março de 2014

Eu já vi! 165

São várias versões do mesmo livro, publicadas em países diferentes.
O interessante está no trabalho feito sobre elas. 
De qual gostam mais?!


segunda-feira, 24 de março de 2014

Os níveis da vida - Opinião



SINOPSE: "Juntam-se duas coisas que nunca antes haviam sido juntas. E o mundo transforma-se… O novo livro de Julian Barnes é sobre balonismo, fotografia, amor e sofrimento; sobre juntar duas coisas, duas pessoas, e sobre separá-las. Um dos jurados que atribuiu a Barnes, em 2011, o Prémio Man Booker descreveu-o como «um incomparável mago do coração». Este livro confirma essa tese."






A opinião da Vera

Foi a minha estreia com este autor. Estava à espera de outra coisa. Não sei bem o quê, mas o livro não era o que eu esperava, talvez por não o ter lido na melhor altura. Ainda assim é um autor que quero tentar ler novamente. Pela forma como escreve e como cativa e envolve o leitor.
Ainda assim, passa-nos uma bela mas sofrida mensagem, que nos deixa a pensar e nos faz refletir e quando isso acontece, o livro cumpre a meu ver, a sua função maior.

Com expressões carregadas de significado e que nos fazem parar de ler para refletir e interiorizar a mensagem que o autor quer passar, Os Níveis da Vida é um livro que fala de uma relação improvável: os balões, a morte e o amor. Consegue falar do balonismo e de fatos históricos relacionados com o tema, como a primeira subida de balão, algumas personalidades do século XIX que o fizeram, as primeiras fotografias aéreas, entre outros, e associar-lhe outro tema, um tema mais profundo e doloroso, como o é a morte de alguém que nos é querido.

Na primeira parte o autor conta-nos algumas histórias. A de Sarah e Burnaby é uma delas. Uma história de amor sem um final feliz. Ele era um boémio disposto a mudar o mundo pela diva por quem se apaixonou e ela, uma atriz de teatro famosa que não está disposta a prender-se nem a perder o seu séquito de bajuladores. No fim, fica a honestidade e a verdade de Sarah. Burnaby teria de viver com isso.

Na segunda parte o autor abre-se para o leitor. Ele perdeu a sua mulher em 2008, vítima de um tumor, e no livro relata-nos um pouco da sua experiência, mas de uma forma tão vivida e dolorosa que nos faz sofrer junto com ele e que nos faz querer trazer-lhe algum conforto na dor que é a perda de alguém que amamos. 
Conta-nos como foi que aconteceu, desta forma "...entre um Verão e um Outono houve ansiedade, alarme, medo, terror. Foram trinta e sete dias do diagnóstico à morte. Tentei nunca desviar o olhar, enfrentar sempre as coisas; daí resultou uma espécie de lucidez demente." Faz-nos temer pela nossa própria reação perante uma adversidade desta magnitude.

Ao longo do livro aparecem várias vezes repetições diferentes desta mesma ideia: «Juntamos duas coisas que ainda não se tinham juntado. E o mundo transforma-se. Nesse momento as pessoas podem não dar por nada, mas não importa. De qualquer maneira, o mundo transformou-se». Palavras simples com um significado grandioso.

E depois, chamando o leitor para a sua perda remata desta forma que é daquelas frases que não quero esquecer:
"... às vezes resulta, e algo de novo se faz e o mundo transforma-se. Então, a dada altura, mais cedo ou mais tarde, por esta ou aquela razão, um deles é levado. E aquilo que é levado é maior do que a soma do que lá estava. Isto pode não ser matematicamente possível, mas é emocionalmente possível.”

domingo, 23 de março de 2014

Moradas Celestes



Convite do autor

Tenho o maior gosto em convidá-los para o lançamento do meu novo livro " Moradas Celestes. O Imaginário Extraterrestre na Cultura Portuguesa ( séculos XVII-XIX)"  (ed. Âncora Editora, Lisboa, 2014), no dia 4 de Abril, pelas 21.30, na FNAC do MarShoping, sendo apresentado pelo prof. Luis Miguel Bernardo, catedrático  de Física da Faculdade de Ciências do Porto.    

Nesta  obra são descritas pela primeira vez as visões e leituras das nossas elites intelectuais sobre o nosso lugar no cosmos, os "outros mundos" e os seus eventuais habitantes. 
No conjunto desta investigação são dados a conhecer factos pioneiros da história da Astronomia enunciados por pensadores portugueses dos séculos XVII ao XIX:

1. A ideia da "gravitação universal" proposta pelo médico lisboeta António Luís em 1540 mais de um século antes da sua formulação matemática por Isaac Newton (1687).
2. A ideia defendida pelo padre António Vieira que no século XVII não acreditou que o céu fosse azul bem antes da primeira explicação científica fundamentada para tal facto pelo físico inglês John Tyndall (1820-1893)
3.  A intuição do clérigo Rafael Bluteau (1638-1734) que antecipou a existência dos satélites de Marte, descrita por Jonathan Swift, em 1727, nas famosas "Viagens de Gulliver", e 161 anos antes da sua verificação por telescópio pelo norte-americano Asaph Hall. 
4. A ousada hipótese do jesuíta Inácio Monteiro, consagrado matemático, que contra todas os padrões religiosos da sua época, imaginou possível a existência, algures no Universo, de outros seres inteligentes distintos da matriz de Adão, ou seja, humanos.  
 Afirmação  ousada mesmo para os nossos dias!
5. A fantástica tese "espírita", precoce no Ocidente europeu e em Portugal, da tese da reencarnação e da metempsicose enunciada pela Marquesa de Alorna, a poetisa Leonor de Almeida (1750- 1839), nas sua obra poética,  
e que sonha "peregrinar, de “estrela em estrela”, depois de deixar este mundo.

Ideias que afetam toda a trajetória da cultura e da ciência ocidental foram precocemente anunciadas e pensadas em Portugal.

Joaquim Fernandes 

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