SINOPSE: "No início de julho de 1914, a Europa vive os seus últimos dias de inocência.
A
jovem Belle realizou os seus sonhos. A uma infância pouco comum
seguiram-se anos dramáticos, ao longo dos quais quase cedeu ao
desespero. Mas a sua coragem e determinação prevaleceram. A sua vida é
agora feliz. Está casada com Jimmy, o seu primeiro amor, e conseguiu
abrir a elegante loja de chapéus que sempre desejou. Mas a História do
mundo está prestes a mudar. A I Guerra Mundial vai arrastar consigo
milhões de pessoas. Belle e Jimmy abdicam de tudo para defenderem o seu
país. São ambos destacados para França, onde Jimmy vai arriscar a vida
nas trincheiras e Belle conduz uma ambulância da Cruz Vermelha. É um
tempo de devastação sem precedentes em que sobreviver a cada dia
representa uma vitória. E é quando o passado menos ocupa os seus
pensamentos que Belle será obrigada a confrontá-lo pela derradeira vez.
Bastará um momento. Um homem. Um olhar.
Entre a luta pela sobrevivência, uma paixão proibida e a lealdade devida a um grande amor, Belle está perante uma escolha impossível. Mas ao viver na pele um dos mais sangrentos conflitos da História, terá ela poder sobre o seu destino?
Entre a luta pela sobrevivência, uma paixão proibida e a lealdade devida a um grande amor, Belle está perante uma escolha impossível. Mas ao viver na pele um dos mais sangrentos conflitos da História, terá ela poder sobre o seu destino?
A Promessa é a continuação da história de Belle, a inspiradora heroína de Sonhos Proibidos."
A opinião da Vera
Depois de Sonhos Proibidos, Lesley Pearse deixa-nos
acompanhar o crescimento e a vida de Belle, através de A Promessa.
Esta autora é uma das minhas favoritas. Consegue
reunir nos seus livros muito do que eu gosto quando pego num livro: uma escrita
cativante e que nos envolve, um bom romance, e um pouco de suspense misturado
com um pouco de cultura.
Belle é agora uma mulher madura. Conseguir a aceitação por parte da sociedade e a sua realização pessoal através da sua chapelaria foram dois marcos importantes na sua vida, além claro, do casamento com Jimmy e a amizade de Mog e Garth, com quem partilham casa.
Quando recebe a visita de Étienne, voltam também
muitas memórias do passado e Belle é assombrada pela dúvida. A chegada da
Primeira Guerra Mundial vem alterar a sua vida por completo, interferindo com a
sua estabilidade emocional e com os aspetos práticos da sua vida: Jimmy vai
para a guerra e Belle deseja algo mais para si própria. Outro acontecimento
trágico marca aqui a vida de Belle, fazendo com que perca o interesse por tudo,
inclusive pela criação de chapéus e reforça a sua vontade de partir para
França. O passado também está à espreita e Belle quer evitar, principalmente,
que Mog sofra depois de terem lutado tanto para serem aceites e respeitadas
pela sociedade.
Miranda, uma amizade improvável. Nascida noutro meio,
muito diferente de Belle, acaba por tornar-se amiga desta e juntas fazem
formação para serem condutoras de ambulâncias em França, ajudando no esforço de
guerra. Por serem mulheres esta questão não é muito bem vista mas pela
necessidade, acabam por serem aceites e partem para uma grande aventura.
Aqui tenho que dizer que adorei a personagem de
Miranda, a amizade que nutria por Belle, a força de lutar contra a família e a
entrega sem limites ao amor. Acho que esta personagem era a única que gostava
que tivesse tido um desfecho diferente.
A passagem em que a autora retrata os terrores vividos pelos combatentes na Guerra está escrita de uma forma brutal, sem condescendências, mostrando os horrores e as dificuldades que se viveram nesta fase histórica, tanto em combate como, particularmente, na ajuda aos soldados feridos, nos hospitais, no transporte dos doentes e na recuperação dos mesmos. Outra situação histórica que a autora abordou, em associação à guerra, foi a gripe espanhola, uma epidemia que vitimou milhares de pessoas, como se a guerra por si só já não fosse suficiente.
Tendo já lido todos os livros desta autora, os traduzidos no nosso país, confesso que Belle foi das minhas protagonistas preferidas. Tudo o que viveu e superou ainda menina, tornou-a numa mulher vivida, madura e lutadora. E que mereceu o final que a autora lhe reservou.
Uma leitura maravilhosa e que recomendo vivamente.
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