SINOPSE: "A psicoterapeuta Sofia
Zetterlund está a tratar dois pacientes fascinantes: Samuel Bai, um
menino-soldado da Serra Leoa, e Victoria Bergman, uma mulher que tenta
lidar com uma mágoa profunda da infância. Ambos sofrem de transtorno
dissociativo de personalidade. A agente Jeanette Kihlberg, por seu lado,
investiga uma série de macabros homicídios de meninos em Estocolmo. O
caso está a abalar a investigadora, mas não tem tido grande destaque
devido à dificuldade em identificar os meninos, aparentemente de origem
estrangeira. Tanto Jeanette como Sofia são confrontadas com a mesma
pergunta: quanto sofrimento pode um ser humano suportar antes de se
tornar ele próprio um monstro? À medida que as duas mulheres se vão
aproximando cada vez mais uma da outra, intensificam-se os segredos, as
ameaças e os horrores à sua volta."
A opinião da Filipa
A opinião da Filipa
"Podemos ser maus se não nos sentirmos culpados?
Ou será que o sentimento de culpa é condição para a maldade?"
Adoro policiais. Em tempos, era só o género que lia, presentemente, leio muito mais coisas, no entanto, se tivesse que escolher um género favorito, a escolha recairia sempre sobre os policiais.
Já li muitos e de alguma maneira continuam sempre a surpreender-me, quer pela sua narrativa, quer pelos personagens escolhidos para serem a face negra do romance, quer pelos crimes cometidos, quer pela pressão psicológica. . . e este, este livro. . . apresenta todas as excelentes características de um thriller, mas, surpreendeu-me pela sua pressão psicológica. . . pressão essa que destruiu as personagens que nele moram e, também, "destrói" o leitor. . .
"Ouço e esqueço, vejo e lembro-me, faço e compreendo".
Tinha lido excelentes opiniões e comentários ao livro e já me tinham preparado para o facto de ser violento e assustador, mas, nada melhor do que "ler para crer".
"A rapariga-corvo" apresenta-nos personagens fortes femininas.
Sofia Zetterlund, é uma psicoterapeuta e lida com casos extremamente difíceis, pessoas traumatizadas com eventos passados na sua vida e ela, através do tempo que dispõe em cada consulta, tenta de alguma maneira ouvi-los e aliviá-los do peso que carregam.
Está, neste momento a tratar principalmente transtornos de personalidade, ou seja, pessoas que, têm memórias que as magoam tanto que elas escondem-se numa outra "persona" para tentar lidar com isso mesmo.
Jeanette Kihlberg é uma polícia que tenta deslindar todos os casos de meninos mortos que de repente assolam Estocolmo. Ela, em conjunto com o seu parceiro tentam chegar a pessoas que nem o procurador quer que sejam investigadas. . .
Ambas as personagens têm algo em comum.
Não estão satisfeitas com a vida que levam. Por essa razão, vão encontrar-se e ajudar-se mutuamente nos dias correntes. . .
Victoria Bergman, uma das pacientes de Sofia. Dos casos mais difíceis, se não o mais difícil, que Sofia alguma vez enfrentou.
Uma mulher perturbada mas que procura ajuda e não desiste.
Abomina a fraqueza.
A estória alterna entre o presente e o passado, para assim, o leitor conseguir compreender certos factos que vêm a lume no presente.
Os capítulos são curtos e ricos em tensão.
"Quanto sofrimento pode um ser humano suportar antes de se tornar ele próprio um monstro?"
Percorremos os recantos mais sombrios da pedofilia e do tráfico de crianças.
Violência entre crianças-soldado, que são treinadas para. . . matar.
Maldade entre crianças para criar diversão. Humilhação. Integração.
Lutas entre crianças e anestésicos comuns. . .
Pressão psicológica.
Sedução.
Manipulação.
Ao longo de todo o livro senti o quão difícil é ler um livro tão poderoso quanto este. E escrever, creio que também.
É soberbo na sua maldade.
Um livro que NÃO é um lugar-comum.
Apercebemos-nos da luta interior de quem sofreu muito e de como escolhem lidar com isso.
A construção das personagens está tão bem feita que olhamos, mas não vemos, a perturbação inerente.
Há uma reviravolta que nos apanha desprevenidos.
Temos algumas indicações do que está prestes a acontecer, mas, quando acontece, é tão inesperado que ficamos sem saber reagir com o livro na mão. . . e, pensamos, como foi que erik axl sund me apanhou...
"As asas da mosca estão irremediavelmente presas na pastilha elástica. Não vale a pena tentares voar, pensa a Rapariga-Corvo. Nunca mais voarás. Amanhã o sol brilhará, mas não para ti".
Ou será que o sentimento de culpa é condição para a maldade?"
Adoro policiais. Em tempos, era só o género que lia, presentemente, leio muito mais coisas, no entanto, se tivesse que escolher um género favorito, a escolha recairia sempre sobre os policiais.
Já li muitos e de alguma maneira continuam sempre a surpreender-me, quer pela sua narrativa, quer pelos personagens escolhidos para serem a face negra do romance, quer pelos crimes cometidos, quer pela pressão psicológica. . . e este, este livro. . . apresenta todas as excelentes características de um thriller, mas, surpreendeu-me pela sua pressão psicológica. . . pressão essa que destruiu as personagens que nele moram e, também, "destrói" o leitor. . .
"Ouço e esqueço, vejo e lembro-me, faço e compreendo".
Tinha lido excelentes opiniões e comentários ao livro e já me tinham preparado para o facto de ser violento e assustador, mas, nada melhor do que "ler para crer".
"A rapariga-corvo" apresenta-nos personagens fortes femininas.
Sofia Zetterlund, é uma psicoterapeuta e lida com casos extremamente difíceis, pessoas traumatizadas com eventos passados na sua vida e ela, através do tempo que dispõe em cada consulta, tenta de alguma maneira ouvi-los e aliviá-los do peso que carregam.
Está, neste momento a tratar principalmente transtornos de personalidade, ou seja, pessoas que, têm memórias que as magoam tanto que elas escondem-se numa outra "persona" para tentar lidar com isso mesmo.
Jeanette Kihlberg é uma polícia que tenta deslindar todos os casos de meninos mortos que de repente assolam Estocolmo. Ela, em conjunto com o seu parceiro tentam chegar a pessoas que nem o procurador quer que sejam investigadas. . .
Ambas as personagens têm algo em comum.
Não estão satisfeitas com a vida que levam. Por essa razão, vão encontrar-se e ajudar-se mutuamente nos dias correntes. . .
Victoria Bergman, uma das pacientes de Sofia. Dos casos mais difíceis, se não o mais difícil, que Sofia alguma vez enfrentou.
Uma mulher perturbada mas que procura ajuda e não desiste.
Abomina a fraqueza.
A estória alterna entre o presente e o passado, para assim, o leitor conseguir compreender certos factos que vêm a lume no presente.
Os capítulos são curtos e ricos em tensão.
"Quanto sofrimento pode um ser humano suportar antes de se tornar ele próprio um monstro?"
Percorremos os recantos mais sombrios da pedofilia e do tráfico de crianças.
Violência entre crianças-soldado, que são treinadas para. . . matar.
Maldade entre crianças para criar diversão. Humilhação. Integração.
Lutas entre crianças e anestésicos comuns. . .
Pressão psicológica.
Sedução.
Manipulação.
Ao longo de todo o livro senti o quão difícil é ler um livro tão poderoso quanto este. E escrever, creio que também.
É soberbo na sua maldade.
Um livro que NÃO é um lugar-comum.
Apercebemos-nos da luta interior de quem sofreu muito e de como escolhem lidar com isso.
A construção das personagens está tão bem feita que olhamos, mas não vemos, a perturbação inerente.
Há uma reviravolta que nos apanha desprevenidos.
Temos algumas indicações do que está prestes a acontecer, mas, quando acontece, é tão inesperado que ficamos sem saber reagir com o livro na mão. . . e, pensamos, como foi que erik axl sund me apanhou...
"As asas da mosca estão irremediavelmente presas na pastilha elástica. Não vale a pena tentares voar, pensa a Rapariga-Corvo. Nunca mais voarás. Amanhã o sol brilhará, mas não para ti".
Viva,
ResponderEliminarDeve ser da minha família esta rapariga :D
Bem gostei imenso da opinião da Filipa e é sem duvida um livro que deve ser muito interessante, a ver se consigo arranjar para o ler sem duvida.
Sabe bem ler policiais mas que nos deixam perturbados com algumas cenas macabras lol, por acaso está a acontecer-me o mesmo com o livro que estou a ler, que estou a adorar :)
Bjs para ambas e boas leituras
LOOOL! Se for da família, tem cuidado. Muiiiito cuidado :P
ResponderEliminarSerá uma boa aposta de leitura, se gostas desse tipo de policiais, este é a aposta certa ;)
O livro de que flaas, penso que será a vida roubada? Certo? Também me chama muito a atenção ;)
Um beijinho grande**
Ois Filipa,
Eliminarlol considero-me avisado :D, e sim policiais sabe bem ler volta e meia sem duvida.
Por acaso o que estou a ler é O Mistério de Charles Dickens de Dan Simmons e tem muito opio à mistura, mas é muito bom livro, depois comento :)
E deixa-me dizer-te toca a abrires um blog fazes falta á blogosfera com a tua boa disposição :D
Bjs e continua
Lolol :P Se e quando leres, avisa ;)
ResponderEliminarOh :( eu nunca li sequer nada de Dickens (shame on me), já tinha visto esse livro e acho que até o tiveste como foto de perfil não foi?
Vamos ver, pode ser que num futuro próximo leia o autor e depois os livros associados ^^
E.... looooool :P Vocês com as vossas campanhas ainda me fazem perder a cabeça e abrir um blogue xD
Eheh obrigada mais uma vez Fi ;) ***********************************************