SINOPSE: "Somme, 1916. Sophie
vive numa vila ocupada pelo Exército alemão, tentando sobreviver às
privações e brutalidade impostas pelo invasor, enquanto aguarda notícias
do marido, Édouard Lefèvre, um pintor impressionista, que se encontra a
lutar na Frente. Quando o comandante alemão vê o retrato de Sophie
pintado por Édouard, nasce uma perigosa obsessão que leva Sophie a
arriscar tudo – a família, a reputação e a vida. Quase um século depois,
o retrato de Sophie encontra-se pendurado numa parede da casa de Liv
Halston, em Londres. Entretanto, Liv conhece o homem que a faz recuperar
a vontade de viver, após anos de profundo luto pela morte prematura do
marido. Mas não tardará que Liv sofra uma nova desilusão - o quadro que
possui é agora reclamado pelos herdeiros e Paul, o homem por quem se
apaixonou, está encarregado de investigar o seu paradeiro… Até onde
estará disposta Liv a ir para salvar este quadro? Será o retrato de
Sophie assim tão importante que justifique perder tudo de novo?"
A opinião da Vera
Ler Jojo Moyes é por norma, sinónimo de uma grande leitura. O Olhar
de Sophie não fugiu à regra. Foi uma leitura intensa e viciante, com uma
narrativa que me prendeu desde início. Apaixonei-me por Sophie e
Edouard: pela coragem e bravura dela, pelo amor que os unia e lhes dava
força para superar um cenário de miséria e degradação.
Os romances históricos são o meu género literário de eleição e Jojo Moyes é mestre em torná-los numa leitura inesquecível, em que os personagens ficam na nossa cabeça muito depois de termos virado a última página.
Os romances históricos são o meu género literário de eleição e Jojo Moyes é mestre em torná-los numa leitura inesquecível, em que os personagens ficam na nossa cabeça muito depois de termos virado a última página.
Édouard
e Sophie estão a viver em Paris e quando ele é chamado para combater,
ela decide juntar-se aos irmãos e sobrinhos para ajudar a família e não
estar sozinha nesta época de Guerra. Quando Sophie e a família é
obrigada a receber os alemães e a cozinhar para eles, a pequena vila de
Peronne não vê isto com bons olhos, apesar de saber que não lhes restam
opções. Sophie é astuta e na situação que se encontra vai correndo
riscos para apoiar os que a rodeiam mas ainda assim começa a ser vista
com maus olhos pelos vizinhos. Até que, por Edouard, toma uma decisão
que acaba por a levar ao abismo e é levada pelos alemães. Esta cena está
descrita de forma tão realista que sofri por Sophie e pelo seu futuro. A
pequena Édith, cuja mãe também já foi levada pelos alemães vê o seu elo
ao mundo desaparecer com o desaparecimento de Sophie e isto permite-nos
refletir sobre o sofrimento que milhares de pessoas passaram durante a
Guerra, ao serem despojadas de tudo o que tinham, ao serem separados das
suas famílias e obrigados a viver em condições terríveis.
As descrições são feitas de forma tão real, tão intensa, que é impossível ficarmos indiferentes a tamanho sofrimento e provações.
As descrições são feitas de forma tão real, tão intensa, que é impossível ficarmos indiferentes a tamanho sofrimento e provações.
De um
momento para o outro a autora inicia a segunda parte do livro, o momento
presente. E nesta fase eu só queria saber do que aconteceu a Sophie,
não queria saber de Liv, a nova personagem que a autora introduziu no
presente. Mas logo este desinteresse desapareceu porque Liv tem um
quadro muito especial em sua posse, que herdou do marido e que é nada
mais nada menos que o quadro que Edouard pintou de Sophie e era a única
recordação que tinha dele. Desta forma vamos conhecendo a história de
Liv, uma mulher viúva que ao fim de alguns anos sozinha, conhece Paul
que entra na sua vida e a faz despertar para o amor, mas ao mesmo tempo
arrisca-se a perder a coisa mais preciosa que tem na sua vida, o quadro.
Assim, vamos acompanhando o desenrolar dos acontecimentos na vida de
Liv e a história do que aconteceu a este quadro e à nossa heroína
Sophie. A autora soube relacionar a vida destas duas mulheres, com
décadas a separá-las, de forma sublime e encantadora.
Uma leitura inesquecível que recomendo sem reservas.
Vou apontar!! Faz todo o meu género! :)
ResponderEliminarBoas leituras Filipa!
EliminarOlá Clarinda,
ResponderEliminaradoro essa autora, já li um "Como eu era antes de vc, e gostei muito. Mas esse livro dela que vc resenhou não conheço :(, mas vou aguardar, que ele seja publicado aqui no Brasil, e parabéns pela opinião, muito boa!!!
Abraços e boas leituras! :D
Obrigada Amanda. :)
EliminarTambém sou fã da Jojo assim como a Vera que escreveu a opinião.
Bjinhos