Biografia de Sónia Carvão
Nasceu no Rio de Janeiro, veio para Portugal
ainda criança, cresceu numa aldeia do Concelho de Penacova (Chelo) da Freguesia
de Lorvão. Jovem, foi viver para Coimbra e começou a trabalhar para continuar a
estudar. Aos 18 emigrou para o Canada, onde trabalhou e estudou. Fez parte do
grupo de teatro da Casa do Alentejo, em Toronto, e de um grupo de defensores
dos direitos dos índios canadianos. Finalizado o curso de Viagens e Turismo,
começou a trabalhar no Centro de Turismo Português de Toronto, como promotora
turística. Regressou a Portugal e concretizou um curso de terapias de corpo e
estética, área onde trabalhou durante alguns anos. Obteve a Licenciatura na
FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Sendo uma pessoa muito activa, ainda enquanto
decorria a licenciatura, deu aulas de alfabetização, em regime de voluntariado,
na Associação de Bem Estar Social de Alcabideche, em Cascais. Querendo evoluir
para a área que sempre a motivou em trabalhar na Filosofia e com crianças,
Sónia Marques Carvão realizou um curso relacionado com Filosofia para/com
Crianças, obtendo também a Certificação em Filosofia de Educação,
permitindo-lhe abrir o caminho para iniciar a actividade de Filosofia para/com
Crianças no Colégio Pirilampo em Cascais, como projecto de educação. Nas
sessões com as Crianças, recorreu sempre aos seus contos, os quais foram
recebidos pelas crianças com muito interesse e entusiamo. Surge então o livro
“A Ferramenta que Faz os Contos“, por edição de autor, com um conjunto desses
contos. Ainda no decorrer do projecto, fez um Curso de Formação Avançada em
Ética pela Universidade Católica de Lisboa, uma Certificação em Inteligência
Emocional e Autoconhecimento e Curso Internacional de Filosofia Aplicada e uma
Certificação, como Facilitadora de Filosofia para crianças e jovens, pela
Direcção Nacional da Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática.
“A Ferramenta que Faz os Contos” e
“Metodologia: A Ferramenta que
Faz os Contos”:
O livro “A Ferramenta que Faz os Contos” é uma obra que “comunica
estética e eticamente com o leitor o não comunicado”, segundo a autora. A 1ª
edição de editora, com a Chiado Editora, resulta numa forma para que a mesma
chegue ao mundo, sendo que é uma obra do mundo e para o mundo. Ainda, para
permitir para uma maior audiência, os Contos foram traduzidos para inglês pelo
filho mais velho da autora, Carlos Samuel Carvão. As ilustrações são da autoria
de uma amiga do seu filho, Carina Morais e algumas ideias das mesmas do filho
mais novo da autora, Daniel Marques Carvão. Um trabalho verdadeiramente em
equipa com um foco privilegiado nos jovens. A Metodologia alavanca-se na obra
“A Ferramenta que faz os Contos“ no sentido de apresentar uma abordagem
privilegiada na Filosofia como caminho para o melhoramento do Ensino. Uma
Filosofia da Educação que tem como núcleo (na Metodologia) Filosofia Com
Crianças. A Metodologia é um guia para os solicitadores/moderadores de
Filosofia Para/Com Crianças e para professores do ensino convencional. Cada
conto da obra “A Ferramenta que Faz os Contos“ é nela explorado, em sessões de
trabalho, sempre em torno de um conceito aberto, da mesma forma que o livro de
contos.
Biografia de Isabel
de Pina Balreia
Licenciou-se em História, fez duas pós-graduações em
Estudos de Teatro e o mestrado em História Medieval na Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa. Fez o curso de teatro da Comuna, o curso de actores do
Instituto de Formação e Criação Teatral (I.F.C.T.) e um estágio de dramatização
na Escola Jacques Lecoq, em Paris. Tem formação em dança clássica e moderna. O
seu percurso profissional divide-se em três áreas (por ordem cronológica): a
representação, a educação e a investigação. A escrita tem-na acompanhado
sempre. Enquanto adolescente, publicou poemas no suplemento do jornal Diário
de Notícias “DN Jovem” e numa antologia poética. Mais recentemente, com a
Chiado Editora, integrou o poema “Despertar” n’ Antologia de Poesia
Contemporânea, Entre o Sono e o Sonho, Vol. V. Trabalhou no Teatro de
Carnide, no Teatro da Cornucópia, na Comédia Portuguesa, no Teatroesfera, no
Teatro Nacional e na Companhia de Teatro de Sintra. Em televisão, integrou
elencos de diversas telenovelas e sitcoms. Ganhou a 1º Prova de Criatividade
e Teatro, no programa Show Bis (1987), o Prémio de Actor
Revelação (1991) com a personagem do rei na peça Sebastião de Portugal
ou o Capitão de Deus (Paul Dresse), e uma Menção Honrosa de
melhor interpretação feminina (2014), em parceria com Daniela Serra, na
peça Macbeth. Deu aulas no Colégio Valsassina. Actualmente lecciona as
disciplinas de História e de Educação Artística (Teatro) do 3º Ciclo, no
Colégio do Bom Sucesso, em Lisboa. A sua tese de mestrado Leonor Teles, uma
mulher de poder? motivou a publicação da biografia Uma rainha
inesperada, Leonor Teles, na colecção Rainhas de Portugal do Círculo de
Leitores, obra galardoada, em 2012, com o Prémio Lusitânia da Academia
Portuguesa da História. Tem apresentado diversas comunicações e publicado
artigos em revistas e livros nacionais e estrangeiros. A sua pesquisa versa
sobretudo o reinado de D. Fernando e D. Leonor Teles, a nobreza e o epílogo de
1385. Integra a unidade de investigação “Espaço e Poderes” do Instituto de
Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa, e o grupo de investigação “Modelos Identitários” do Centro de
História da Faculdade de Letras.
Livro Imaginado
“E o Grito perguntou à Espera
por que esperava ela, se aguardava alguém, se tinha perdido alguma coisa e a
esperava encontrar, por que se calava e ficava silenciosa, amargamente queda,
impassivelmente ausente, como se o coração e os olhos lhe tivessem sido
arrancados e a vida a tivesse deixado há muito, a ponto de não ter memória e os
seus olhos serem um espaço vítreo, baço de neblina. A Espera olhou
demoradamente o Grito e, cansada, encostou a cabeça ao seu ombro e soluçou
convulsivamente até o Grito se calar e não ficar ali mais nada a não ser a dor
dos dois.”
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