Hão de nascer estrelas e mais estrelas em tuas mãos,
e com elas farás um colar de brilhantes.
Colocá-lo-ás no meu pescoço e a seguir vais segredar-me:
- Um dia morrerás com ele, e nesse dia, à noite, todo o
firmamento se iluminará;
todas os astros tomarão o seu lugar, e tu serás vento, pó e
ar.
Assim será, assim vai ser...
Compreendi o enlace ofuscante do amor - disse-te! -,
Cuja luz foste capaz de colocar sobre a minha pele,
iluminando-a,
- voltei a dizer-te.
E nesse momento transformaste-me em céu, ainda que não fosse
o tempo;
Só então percebi o pacto que acabaras de fazer comigo!
Cada brilhante refletia em mim o espectro da luz,
como se um arco-íris me abraçasse em aliança mensageira
simbolizando algo que se tornava eterno: sete cores, sete
notas musicais,
um arauto divino, transportando nas mãos sete sóis.
Um dia morreremos e ficaremos eternos, disse-te eu!
Eu e tu...tu e eu?, perguntaste-me.
Sim! Seremos sempre dois! Sempre dois,
enquanto um de nós viver, respondi-te.
Unidos por um colar de estrelas, aquelas que tiveram de
morrer
E se transformaram em pó
para que tu e eu, eu e tu, tivéssemos oportunidade de
existir.
É assim que vejo o mistério...
Lindo! Parabéns.
ResponderEliminarOlá Helena
EliminarAqui está uma prova de que se escreve muito bem no nosso país. É pena não haver mais divulgação!
Bjinhos