SINOPSE: "Sara é uma mulher deprimida e atormentada por um passado
trágico. A casa que outrora pensara ser um refúgio contra as lembranças de uma
vida que desejava esquecer, é agora um antro de sombras que a perseguem.
O reencontro com Martim, um rosto que lhe é de alguma forma
familiar, de um passado longínquo, provoca-lhe uma avalanche de sentimentos que
poderão mudar a sua vida para sempre. Mas o passado nunca poderá ser apagado e
Sara vê-se obrigada a tomar decisões que podem fazer a derradeira diferença
ente a vida e a morte.
Poderá Martim salvá-la de uma realidade que foge ao seu
alcance? Ou poderá afundá-la ainda mais naquele poço sem fundo, em que não há
saída possível, senão a morte?"
A minha opinião
Um triângulo amoroso entre este mundo e o próximo, que certamente se tocam, mas que nem todos nós aceitamos, compreendemos ou sentimos.
Um romance diferente que mistura o amor com medo e
assombrações. São várias as ideias colocadas ao longo da estória que poderiam
ser mais desenvolvidas, mas que são justificáveis devido à experiência recente
da autora na escrita de um livro. Sendo o primeiro livro, considero-o bastante
equilibrado em termos de estória e construção de personagens. Gostei muito do
Rodrigo e gostaria de o ter visto mais e, quem sabe, um papel de maior destaque
para a Juliana ou para o pai do Martim, que poderia interceder pelo par amoroso
no além. Adorei o final e foi aqui, nos últimos capítulos que a capacidade da
autora ficou mais visível, notou-se uma clara evolução na sua escrita.
Achei que a Sara se apaixonava muito rapidamente, mas aceito
e compreendo. Já ouvi relatos de pessoas que sentem da mesma forma que Martim e
Sara. Sentem que já se conheciam doutros tempos e que há uma urgência no viver
do momento, como se esperassem esse momento desde sempre. Gosto mais dos
romances que crescem com a descoberta, sem pressas e com magia, mas não
desgostei deste. Adorei o cãozinho e a sua ligação tão importante à estória e
ao seu desfecho. Os animais são realmente fantásticos!
Os capítulos pequenos levam o leitor a uma rápida leitura, as
analepses tornam a estória mais clara, mas poderiam elas próprias ser melhor
identificadas. Por vezes só depois de ler algumas frases é que me apercebia que
o espaço temporal era outro. Em termos de escrita, a autora deve tentar
melhorar um pouco a questão da pontuação, pois é ela que empresta o ritmo à
leitura. Em algumas passagens, achei a pontuação ligeiramente desadequada, em
termos de vírgulas e pontos finais e, por vezes, tinha que voltar atrás para
entender o que se queria transmitir. Penso que este será um ponto que a autora
vai ter em conta nos seus trabalhos futuros.
Não estava à espera de um livro deste tipo, mas não considero
o meu tempo perdido. Fico à espera do novo trabalho da autora, que irei ler
certamente!
Ainda não li… :(
ResponderEliminarUma leitura descontraída e rápida!
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