Que o
silêncio seja o único acorde deste verso de mágoa e dor
Tatuado a
fogo no meu corpo...na solidão de tanta noite despida
No eco da
memória que me resta...nas águas inquietas do amor
Na voragem
do tempo...que o silêncio seja uma palavra perdida
Que o
silêncio seja o encontro das bocas que ficaram por beijar
Dos desejos
que ficaram por cumprir na lápide das coisas vazias
Na noite
onde adormecem os medos...no meu corpo a naufragar
Em completa
rendição a esse corpo entrego o silêncio dos dias
Que o
silêncio seja o tecto branco da noite onde o sol adormece
Quando a luz
se esvai do meu olhar e a morte se crava no peito
Na fronteira
difusa desse silêncio onde a minha sombra anoitece
Etérea...triste...nua...adormecida
sobre os espinhos do meu leito
Que o
silêncio seja o eco das coisas perdidas por dentro de mim
Vendaval de
emoções submersas na noite que me escorre da pele
Na obscura
solidão do tempo...como se tivesse um nome...ou fim
Na renúncia
dos sentidos...de negro visto o meu corpo de mulher
Que o
silêncio seja o incêndio de todas as palavras por dizer
A alvorada
de todos os gritos que nunca se souberam calar
A renúncia
de todos os corpos que morreram ao entardecer
O veludo de
todos os beijos de amor que ficaram por dar
Que o
silêncio se faça pedra...na escuridão profunda da noite
Que seja o
eco do sepulcro onde os meus sonhos naufragaram
Que a terra
amortalhe esse corpo que jaz morto antes da morte
Que o mar
engula os destroços dos restos que de mim ficaram
Minha querida
ResponderEliminarÉ sempre um prazer estar aqui. Obrigada pelo carinho.
Um beijinho
Obrigada Rosa Maria, pela simpatia e por sempre deixar uma palavra amiga.
EliminarUm grande beijinho :*