SINOPSE: "Na
primeira semana do primeiro mês do primeiro ano da segunda metade do
século XX, ao protagonista, que também faz as vezes de narrador, é dado o
nome de Hajime, que significa «início». Filho único de uma normal
família japonesa, Hajime vive numa província um pouco sonolenta, como
normalmente todas as províncias o são. Nos seus tempos de rapazinho faz
amizade com Shimamoto, também ela filha única e rapariga brilhante na
escola, com quem reparte interesses pela leitura e pela música. Juntos,
têm por hábito escutar a colecção de discos do pai dela, sobretudo
«South of the Border, West of the Sun», tema de Nat King Cole que dá
título ao romance.
Mas o destino faz com que os dois companheiros de escola sejam obrigados a separar-se. Os anos passam, Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, vinte anos mais tarde, Shimamoto reaparece certa noite na vida de Hajime. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco."
Mas o destino faz com que os dois companheiros de escola sejam obrigados a separar-se. Os anos passam, Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, vinte anos mais tarde, Shimamoto reaparece certa noite na vida de Hajime. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco."
A opinião da Filipa
"Possuía
uma sensualidade que se revelava capaz de - isto foi um pensamento que
só me ocorreu mais tarde, naturalmente - ir tirando, docemente uma a
uma, as finas membranas que davam forma aos corações humanos."
Primeiro livro que leio de Murakami e tal como a temática do mesmo.... foi o meu primeiro amor...
Murakami capta soberbamente neste pequeno livro todas as emoções inerentes ao primeiro amor.
Todas as emoções.
Como nos marca.
Como influencia a vida posterior.
"Por mais que uma pessoa queira, uma vez dado um passo à frente, deixa de ser possível arrepiar caminho. Se porventura a meio do percurso houve qualquer coisa que deu para o torto, pouco ou nada podemos fazer para remediar o mal e a situação arrastar-se-á para sempre."
Hajime apaixona-se pela primeira vez aos 12 anos por Shimamoto.
Uma menina que tem um problema na perna e que, por isso, coxeia.
Nesta altura, eles ainda não sabem que estão apaixonados...
Mais tarde, Hajime muda de escola e de casa... deixa de ver Shimamoto.
Não quis contacto com ela por medo da rejeição.
Anos passam. Vem o liceu. Vem a faculdade.
Hajime tem novas namoradas mas... nenhuma com significado. Acaba inclusivé por magoar outra pessoa irreparávelmente. Procura em todas elas alguma característica de Shimamoto...
Nunca procura as mais belas, procura sim, a mais bela para ele. Procura Shimamoto em todas elas...
"Mas não sabia por que chorar. Por quem chorar. Era demasiado egoísta para chorar pelos outros, demasiado velho para chorar por mim."
No fundo, este é um livro de procura...
Há amor em toda a sua essência. Angústia. Desespero. Decisões/Indecisões.
"Tinha a impressão de que os edifícios estavam à beira da ruína, todas as árvores tinham perdido a cor, todos os transeuntes davam mostras de ter perdido as suas emoções e de viverem sem saber o que é o sonho."
Uma vez que este livro foi escrito originalmente em 1992, Murakami, aborda o tema do divórcio, coisa que ainda não era bem vista e a pergunta da separação arrasta-se até ao fim.
Aborda o "estigma" de se ser filho único naquela altura no Japão.
Existem várias referências a lugares em Tóquio.
Várias referências a música (que adorei).
Referências a comida e a costumes.
Amores, desamores, algumas trafulhices, Hajime passa por tudo isso pela mão de Haruki, tendo sempre em vista o primeiro e único amor...
"Ás vezes, as pessoas estão condenadas a fazer mal a outros seres humanos pelo simples facto de existirem."
Este livro peca por deixar segredos encobertos, por não se saber o que acontece a determinados personagens, por roçarmos apenas a superfície de algo, mas, talvez (e esta é uma palavra forte no livro) seja essa a chave de toda esta história...
"Provavelmente" é uma palavra que talvez possa fazer sentido a sul da fronteira. Mas nunca, em tempo algum, a oeste do sol."
Primeiro livro que leio de Murakami e tal como a temática do mesmo.... foi o meu primeiro amor...
Murakami capta soberbamente neste pequeno livro todas as emoções inerentes ao primeiro amor.
Todas as emoções.
Como nos marca.
Como influencia a vida posterior.
"Por mais que uma pessoa queira, uma vez dado um passo à frente, deixa de ser possível arrepiar caminho. Se porventura a meio do percurso houve qualquer coisa que deu para o torto, pouco ou nada podemos fazer para remediar o mal e a situação arrastar-se-á para sempre."
Hajime apaixona-se pela primeira vez aos 12 anos por Shimamoto.
Uma menina que tem um problema na perna e que, por isso, coxeia.
Nesta altura, eles ainda não sabem que estão apaixonados...
Mais tarde, Hajime muda de escola e de casa... deixa de ver Shimamoto.
Não quis contacto com ela por medo da rejeição.
Anos passam. Vem o liceu. Vem a faculdade.
Hajime tem novas namoradas mas... nenhuma com significado. Acaba inclusivé por magoar outra pessoa irreparávelmente. Procura em todas elas alguma característica de Shimamoto...
Nunca procura as mais belas, procura sim, a mais bela para ele. Procura Shimamoto em todas elas...
"Mas não sabia por que chorar. Por quem chorar. Era demasiado egoísta para chorar pelos outros, demasiado velho para chorar por mim."
No fundo, este é um livro de procura...
Há amor em toda a sua essência. Angústia. Desespero. Decisões/Indecisões.
"Tinha a impressão de que os edifícios estavam à beira da ruína, todas as árvores tinham perdido a cor, todos os transeuntes davam mostras de ter perdido as suas emoções e de viverem sem saber o que é o sonho."
Uma vez que este livro foi escrito originalmente em 1992, Murakami, aborda o tema do divórcio, coisa que ainda não era bem vista e a pergunta da separação arrasta-se até ao fim.
Aborda o "estigma" de se ser filho único naquela altura no Japão.
Existem várias referências a lugares em Tóquio.
Várias referências a música (que adorei).
Referências a comida e a costumes.
Amores, desamores, algumas trafulhices, Hajime passa por tudo isso pela mão de Haruki, tendo sempre em vista o primeiro e único amor...
"Ás vezes, as pessoas estão condenadas a fazer mal a outros seres humanos pelo simples facto de existirem."
Este livro peca por deixar segredos encobertos, por não se saber o que acontece a determinados personagens, por roçarmos apenas a superfície de algo, mas, talvez (e esta é uma palavra forte no livro) seja essa a chave de toda esta história...
"Provavelmente" é uma palavra que talvez possa fazer sentido a sul da fronteira. Mas nunca, em tempo algum, a oeste do sol."
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