SINOPSE: "A 21
de junho de 2007 Alexandra Kavanagh saiu de casa, falou com a vizinha,
meteu-se no comboio, chegou à estação de Dalkey e desapareceu... Tom
está destroçado. Não encontra a mulher, o seu mundo desmoronou e o seu
único objetivo é localizá-la. Durante dezassete anos, Jane cuidou do
filho Kurt, da excêntrica irmã Elle, e da rabugenta mãe Rose. A única
pessoa de que não cuida é dela própria. Elle é artista e considerada um
génio. Como tal, o seu comportamento um tanto errático é tolerado.
Embora a sua vida pareça perfeita, a tristeza de Elle é por vezes
profunda. Leslie perdeu toda a família para o cancro. Passou vinte anos à
espera de morrer, mas após uma operação radical está determinada a
viver de novo. Quatro meses depois do desaparecimento de Alexandra. Tom
entra num elevador com Jane, Elle e Leslie para um concerto de Jack
Lukeman. Uma hora mais tarde, os quatro desconhecidos saem de lá com as
suas vidas entrelaçadas para sempre. Um Amor Perdido aborda o
alcoolismo, a depressão, a negação e a dor e ainda assim irá dar por si a
sorrir e até a rir."
A opinião da Vera
Li todos os livros da autora, que foram editados em Portugal, e
nenhum me desiludiu. No entanto, esperava mais deste Um Amor Perdido.
Simplesmente porque a sinopse fala no desaparecimento de uma mulher,
Alexandra, e pensei que houvesse mais mistério, que a autora fosse
explorar esse episódio de forma mais explicita, com o suspense mais
presente. Não foi isso que aconteceu, quase que me pareceu que no final
foi preciso lembrar de dizer alguma coisa sobre o que aconteceu a
Alexandra, e ainda assim essa parte não me satisfez. Demasiado simples.
Tudo
o resto foi agradável. Gostei das personagens e da forma como as suas
vidas se cruzaram. Confesso que adorei ver a forma como Leslie evoluiu
ao longo de todo o livro. No fim, ela é outra mulher: confiante, cheia
de auto-estima, rodeada de pessoas que a amam. Foi a minha preferida.
Jane,
que se encontra por acaso com Tom (marido da mulher que desapareceu -
Alexandra) foi amiga dessa mulher durante a adolescência e apesar de não
se verem há anos, está disposta a ajudar a encontrar a amiga de
infância. Esta personagem não me cativou: irritou-me a forma como estava
sempre disponível para o pai do seu filho, Kurt, apesar daquele a ter
abandonado quando soube que estava grávida e só apareceu quatro anos
depois. Entendo que o amasse, mas estar disponível enquanto ele estava
no intervalo entre relações parece-me demasiado. Abandonou os seus
estudos por ter engravidado e apesar de ter enveredado por uma carreira
de sucesso, os sonhos dos outros estiveram sempre á frente. Pelo menos
no final esta personagem teve alguma evolução.
Elle
é a irmã de Jane. É uma artista, excêntrica, dependente da irmã para
lhe resolver os problemas. Quando descobrem que a personalidade de Elle
pode ser mais do que alguma vez supuseram, as coisas podem mudar
drasticamente. Gostei particularmente da forma como ajudou Leslie a
desabrochar.
Estas três mulheres vão ajudar Tom na sua procura por Alexandra e as suas vidas nunca mais serão as mesmas.
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