SINOPSE: "Os esforços de Jeanette
Kihlberg para solucionar os casos dos meninos mortos são cerceados
quando um homem de negócios é assassinado em Estocolmo, naquilo que
parece ser uma morte ritualística. Alguns pormenores sugerem um ato de
vingança. Mas vingança de quê? Entretanto, Jeanette continua à procura
da desaparecida Victoria Bergman e as suas investigações levam-na a um
colégio interno de elite, bem como à Dinamarca e a acontecimentos do seu
próprio passado. Por seu turno, a psicoterapeuta Sofia Zetterlund tenta
encontrar-se a si própria. À semelhança do primeiro livro desta
trilogia, somos confrontados com voltas e reviravoltas e um final
absolutamente inesperado."
A opinião da Filipa
E as minhas primeiras 5 estrelas do ano vão para..... erik axl sund.
Se eu adorei o primeiro volume da trilogia, para este, nem sei como classificar o que senti.
A rapariga-Corvo:
Descreve-nos toda a perturbação de um ser humano após ter sido sujeitado a anos de maus tratos pelo próprio pai. Pela própria mãe. Por amigos dos pais. Por amigos dos amigos.
Descreve todo o sofrimento de uma família completamente desestruturada e como isso afeta o desenvolvimento físico e psíquico do ser humano.
Até onde, mais tarde ele irá, até ele próprio se tornar um monstro.
Fome de Fogo:
"Não existe uma boa razao para recomeçar, disse ele.
Tu sempre me pertenceste e hás de pertencer-me sempre.
Ela sentiu-se como se fosse duas pessoas.
Uma que gostava dele, outra que o odiava."
Toda a perturbação descrita no Rapariga-Corvo é esventrada, espezinhada e analisada e, quanto mais se esgravata no fundo, mais pormenores vêm à tona.
Quanto mais forçamos as memórias a regressarem mais detalhes tenebrosos são descobertos e mais linhas se vão entrecruzando para Jeanette Kihlberg ter que investigar, juntando pontinho por pontinho até por fim tudo começar a bater certo e encaixar cada informação nova nas anteriores. Umas nas outras.
Ou... será... que...?
"Nós andamos à volta do mundo em bicicletas, nós tocamos nas ruas e nas praças..."
Victoria Bergman continua a ser a chave para a conclusão de todo o processo mas continua desaparecida e todos os dados de acesso a esta são confidenciais.
Ataca-se noutra frente.
Ex-alunas do internato onde estudou Victoria Bergman.
O que fazem. Quem são.
O que aconteceu naquela altura, ou naquela tão falada praxe que envolveu tanto Victoria como outras duas alunas.
O procurador Von Kwist.
Intriga-me.
Viggo Durer.
Uma personagem que ainda nem apareceu mas que gera um ódio desmedido.
Sofia Zetterlund. Continua a empenhar-se no seu trabalho e a tentar ajudar vítimas de violações e abusos sexuais em criança.
Continua a colaborar com Jeanette e todos os seus pensamentos e análises críticas merecem reflexão.
Jeanette Kihlberg, num jogo de cintura entre o trabalho cada vez mais cansativo e a sua própria vida pessoal que se encontra num caos.
O filho desta ainda meio em negação do que aconteceu no fim do primeiro volume.
(e gostei que esse mistério fosse revelado no fim deste segundo volume... as minhas conjecturas algo psicopatas foram ultrapassadas).
Mortes sangrentas. Assassinatos. Suicídios.
Ciúmes.
Misto de sentimentos contraditórios.
Desconfianças.
Investigações arquivadas... em curso.
Refém em cativeiro.
Personagens novas introduzidas para espanto meu ao ser revelado quem são.
Capítulos curtos.
Narrativa com vários episódios decorridos no passado.
Ritmo intenso a fazer com que os meus olhos fujam também eles para a página seguinte de tão desejosa estava de querer saber o que raio estava a acontecer.
"Perdoar é algo grandioso, pensa. Mas compreender sem perdoar é algo muito maior."
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