SINOPSE: "O professor David
Menasche tinha 34 anos quando lhe foi diagnosticado um tumor cerebral.
Durante 6 anos submeteu-se a diversos tratamentos, na esperança de
ultrapassar a doença.
Até ao dia em que ficou paralisado de um braço e praticamente cego. Perdeu uma parte da memória e, pior, perdeu a capacidade de ensinar. Naquela que seria a decisão mais dolorosa da sua vida, abandonou o ensino e os seus alunos.
Até ao dia em que ficou paralisado de um braço e praticamente cego. Perdeu uma parte da memória e, pior, perdeu a capacidade de ensinar. Naquela que seria a decisão mais dolorosa da sua vida, abandonou o ensino e os seus alunos.
No entanto, convicto
de que queria viver o tempo que ainda lhe restava com dignidade e
autonomia, David Menasche interrompeu os tratamentos e partiu numa
viagem inspiradora pelos EUA, levando apenas a sua bengala e, às costas,
a sua mochila.
Acolhido por antigos estudantes seus, ultrapassou obstáculos, viveu experiências memoráveis, aprendeu lições de valor incalculável e tornou-se, ele próprio, um aluno.
O cancro acabaria por vencer a batalha, mas ele nunca deixou, verdadeiramente, de viver."
Acolhido por antigos estudantes seus, ultrapassou obstáculos, viveu experiências memoráveis, aprendeu lições de valor incalculável e tornou-se, ele próprio, um aluno.
O cancro acabaria por vencer a batalha, mas ele nunca deixou, verdadeiramente, de viver."
A opinião da Vera
Qualquer pessoa que, num qualquer momento da sua vida, já tenha
sido aluno, desejou encontrar um professor como aquele que conhecemos
neste livro. Não é fácil colocar por palavras as emoções e os
sentimentos contraditórios que A Lista de Prioridades nos faz sentir.
David
Menasche desde sempre que quis ser professor e fornecer aos seus alunos
as bases que lhes permitissem decidir, escolher e seguir um caminho, ao
longo das suas vidas. Estimulá-los, fazê-los pensar, dar-lhes as
ferramentas para que pudessem fazer opções e lutar pelos seus objetivos.
Pelos relatos dos seus ex-alunos, transcritos para o livro e presentes
ao longo de toda a leitura, pode dizer-se que o conseguiu fazer e com
distinção. É notória a influência que O professor teve na vida de
dezenas de pessoas que deram o seu testemunho e em como ele as inspirou a
seguir determinado caminho.
Seis anos após ter
sido diagnosticado com um tumor cerebral e após cirurgia, dezenas de
sessões de quimioterapia e radioterapia, sem nunca ter deixado de dar
aulas, David Menasche tem uma recaída e acaba por perder grande parte da
visão, autonomia e mobilidade. Aí vê-se obrigado a deixar de lecionar e
nesse período é obrigado a fazer um balanço: até aí sente que aguentou
tudo porque os seus alunos precisavam dele e ele próprio precisava
deles. Analisando as circunstâncias, toma a decisão de fazer uma viagem
pelos EUA e visitar ex-alunos e perceber o impacto que teve nas suas
vidas. Os constrangimentos e as dificuldades são mais que muitas, mas
ele decide que precisa desta viagem e que prefere morrer a tentar do que
não a fazer. Abandona os tratamentos e parte nesta aventura, depois de
ter publicado no Facebook a sua intenção, dezenas de alunos responderam
ao seu apelo e ofereceram-se para o receber.
Este
livro conta-nos um pouco sobre a vida de David, sobre as suas escolhas,
a sua família, os seus sonhos e objetivos, as suas prioridades.
Conta-nos os seus 101 dias de viagem, com passagem por dezenas de
cidades por toda a América e visita a dezenas de ex-alunos. É comovente,
emocionante e inspirador.
O autor consegue
transmitir por palavras a paixão que sempre teve pelo ensino e tudo o
que ele representa para si. Faz-nos refletir e repensar sobre as nossas
próprias escolhas e decisões. Um livro que poderia facilmente ser
adaptado para filme e que deveria ser lido por todos. Recomendo sem
reservas.
Nota: A título de curiosidade, o
título do livro está relacionado com a Lista de Prioridades, o exercício
que David fazia com os seus alunos e que marca o estilo da sua
intervenção.
David Menashe faleceu a 20 de Novembro de 2014 e acredito, com o sentimento de dever cumprido. Que descanse em paz.
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