SINOPSE: «É que ser mãe é, de facto, uma experiência única. Para o bem e para o
mal. É a coisa mais bonita do mundo, mas também a mais extenuante. É um
flutuar entre momentos de felicidade e de angústia profunda. É o não
trocar nenhum minuto passado ao lado dos nossos filhos, mas ao mesmo
tempo ter saudades dos tempos em que eles não existiam (ou desejar
secretamente que eles desapareçam durante uma hora para podermos ouvir
os nossos próprios pensamentos). E entre os milhões de livros e artigos
que já foram escritos sobre o assunto, nenhum nos conta toda a verdade.
Sobretudo porque há sempre a tendência para sobrevalorizar as coisas
boas e não dar muita importância aos momentos mais complicados.»
A minha opinião
Com esta leitura vivi momentos de
muito humor nas descrições das experiências e das peripécias que esta mãe viveu
e continua a viver. As situações são deveras realistas e quem já passou por
isso sabe do que falamos.
Por vezes a autora questiona o seu papel de mãe, a sua forma de pensar e/ou agir. Acha-se uma “má” mãe, segundo os padrões normais, ou será apenas uma mãe que questiona, que encara a realidade e que não gosta de seguir caminhos ou estratégias pré-concebidas? Por vezes até cria categorias na tentativa de dar resposta a algumas das suas questões e ansiedades, como os diferentes tipos de mães, por exemplo. Nós mães, temos a tendência para ver tudo através de lentes mágicas e justificamos tudo com o facto de que ser mãe é “sacrificarmo-nos” pelos nossos filhos sem reclamar ou achar que algo não está bem. Foi assim que a mensagem passou de geração em geração e quando uma mãe questiona é, muitas vezes, mal interpretada. Que atire a primeira pedra a mãe que ainda não se questionou sobre se ser mãe é ou não o “melhor do mundo”. É realmente o “melhor do mundo”, mas com alguns “ses”…
Podemos achar algumas passagens descritas algo “duras” nesta etapa que é a maternidade, mas há momentos em que nos questionamos seriamente sobre essa mesma maternidade e sobre tudo o que ouvimos ou lemos sobre ela. Desejamos muitas vezes um momento só para nós, mesmo que efémero. Eu revejo-me em muitas passagens deste texto até porque tive gémeas e durante algum tempo o meu tempo parou e vivi apenas o delas. Não me arrependo, sou mãe, mas senti muitas vezes necessidade de me afastar um pouco e ainda bem que o fiz, e ainda o faço, a bem da minha sanidade mental.
Ao longo do livro revivemos lugares comuns descritos com muito humor e uma bela dose de sarcasmo. A autora, como mãe, não tem papas na língua. O amor que só uma mãe é capaz de sentir e sabe demonstrar, qualificam-na para falar desta forma que por vezes parece pouco abonatória, mas é simplesmente um desabafo de sentires ao longo desta interminável aventura que é ser uma mãe real, uma mãe que é mãe, esposa, filha, profissional, empregada doméstica (algumas a tempo inteiro, infelizmente), amiga, companheira, …
A Filipa escreve de forma muito simples, com muita clareza e fluência, tornando a leitura rápida e motivante. As ilustrações da Sofia são um elemento chave que proporcionam a este livro aquele toque de ternura e alegria que complementam a escrita. A escrita e a ilustração emprestam ao livro um equilíbrio maravilhoso. Parabéns pelo cuidado que tiveram com ele na sua conceção!
Recomendo este livro a todas as mulheres, mães ou não, assim como a todos os homens, porque todos já fomos bebés/crianças e todos tivemos/temos uma mãe. Leiam-no com a mente aberta, com muito amor e carinho!
Por vezes a autora questiona o seu papel de mãe, a sua forma de pensar e/ou agir. Acha-se uma “má” mãe, segundo os padrões normais, ou será apenas uma mãe que questiona, que encara a realidade e que não gosta de seguir caminhos ou estratégias pré-concebidas? Por vezes até cria categorias na tentativa de dar resposta a algumas das suas questões e ansiedades, como os diferentes tipos de mães, por exemplo. Nós mães, temos a tendência para ver tudo através de lentes mágicas e justificamos tudo com o facto de que ser mãe é “sacrificarmo-nos” pelos nossos filhos sem reclamar ou achar que algo não está bem. Foi assim que a mensagem passou de geração em geração e quando uma mãe questiona é, muitas vezes, mal interpretada. Que atire a primeira pedra a mãe que ainda não se questionou sobre se ser mãe é ou não o “melhor do mundo”. É realmente o “melhor do mundo”, mas com alguns “ses”…
Podemos achar algumas passagens descritas algo “duras” nesta etapa que é a maternidade, mas há momentos em que nos questionamos seriamente sobre essa mesma maternidade e sobre tudo o que ouvimos ou lemos sobre ela. Desejamos muitas vezes um momento só para nós, mesmo que efémero. Eu revejo-me em muitas passagens deste texto até porque tive gémeas e durante algum tempo o meu tempo parou e vivi apenas o delas. Não me arrependo, sou mãe, mas senti muitas vezes necessidade de me afastar um pouco e ainda bem que o fiz, e ainda o faço, a bem da minha sanidade mental.
Ao longo do livro revivemos lugares comuns descritos com muito humor e uma bela dose de sarcasmo. A autora, como mãe, não tem papas na língua. O amor que só uma mãe é capaz de sentir e sabe demonstrar, qualificam-na para falar desta forma que por vezes parece pouco abonatória, mas é simplesmente um desabafo de sentires ao longo desta interminável aventura que é ser uma mãe real, uma mãe que é mãe, esposa, filha, profissional, empregada doméstica (algumas a tempo inteiro, infelizmente), amiga, companheira, …
A Filipa escreve de forma muito simples, com muita clareza e fluência, tornando a leitura rápida e motivante. As ilustrações da Sofia são um elemento chave que proporcionam a este livro aquele toque de ternura e alegria que complementam a escrita. A escrita e a ilustração emprestam ao livro um equilíbrio maravilhoso. Parabéns pelo cuidado que tiveram com ele na sua conceção!
Recomendo este livro a todas as mulheres, mães ou não, assim como a todos os homens, porque todos já fomos bebés/crianças e todos tivemos/temos uma mãe. Leiam-no com a mente aberta, com muito amor e carinho!
Olá Clarinda,
ResponderEliminarTudo bem? Faz tempo que não dou aqui um saltinho.
Gostei muito da tua opinião sobre o livro, apesar de não ser mãe imagino que este livro como referes é para todos.
Boas leituras.
Olá Clarinda,
ResponderEliminarMuito obrigada pelas sus palavras ;)
Um beijinho