SINOPSE: "Um dos romances mais
lidos e apreciados de todos os tempos, Pássaros Feridos é uma saga de
sonhos, paixões negras e amores proibidos. Passada na Austrália,
percorre três gerações de um indomável clã de rancheiros cujas vidas vão
ganhando contornos numa terra dura mas de grande beleza ao mesmo tempo
que vão lidando com a amargura, a fragilidade e os segredos da sua
família. Uma apaixonante história de amor, um intenso épico de luta e
sacrifício, uma celebração da individualidade e do espírito. É sobretudo
a história de Meggie e do padre Ralph de Bricassart - e da intensa
ligação de dois corações e duas almas ao longo de uma vida inteira, numa
relação que ultrapassa perigosamente as fronteiras sagradas da ética e
do dogma."
A opinião da Filipa
Este livro foi dividido em duas partes por mim:
A parte que adorei ler e a a outra parte que se tornou bastante aborrecida.
A história acompanha ao longo de mais de 50 anos a família Cleary, um casal, Fee e Paddy com os seus sete filhotes. E quando escrevo que acompanha, acompanha mesmo as suas vidas, pois temos páginas e páginas a falar dessa mesma vida de campo, sendo que dirigem uma extensa herdade com vários rebanhos e extensos pastos. Sendo tosquiador de profissão, o pai Cleary ensina a sua arte aos filhos e estes fazem disso a sua vida mais tarde. Depois no meio de tantos filhos homens, temos Meggie, a única menina e sob a qual se vai desenrolar o grosso da história.
Meggie cresce protegida pelos manos, mas vai ter que crescer mais depressa do que pensava.
Esta história atravessa as grandes guerras, tendo consequências na família.
Esta história enfrenta a seca. Uma seca que está muito bem descrita permitindo-nos imaginar o que pode acontecer a famílias que vivem apenas do que a terra dá. Esta história dá vida a um amor proibido, um amor devastador e avassalador, um amor que atravessa tempos e arrasta reviravoltas ao longo de vários anos, até ao derradeiro fim. Um amor que vai dar origem a um segredo, um segredo que revelado no final à única personagem que não o sabia, vai ser fatal.
O que posso dizer relativamente ao livro é que é uma história belíssima com personagens muito bem construídas, sendo que sentimos grandes emoções ao ler este livro. Sentimos com eles tudo, desde uma emoção feliz intensa a uma emoção triste intensa.
Não é uma história de conto de fadas, expressa bem o que acontece na vida real, quase parece que tem cunho pessoal.
Expressa também com igual intensidade a importância que tem o amor à igreja, com os seus benefícios e sacrifícios.
Tudo o que posso dizer é que, adorei ler a história mas o livro é demasiado extenso e demora sempre muito a avançar, há partes que me foram mesmo muito difíceis ler, achei-as aborrecidas e para mim, desnecessárias. Vivenciamos envelhecimentos e assistimos a poucos partos mas somos voyers do crescimento dos novos elementos. No entanto, é preciso realçar que como acompanhamos todas as personagens em 50 anos, acompanhamos mesmo tudo, é quase um diário de toda a vida que se passa na Austrália do século XX.
Termino apenas dizendo que é uma leitura que vale a pena, pelas suas personagens riquíssimas e pela excelente história que nos é contada.
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