SINOPSE: "Famagusta, no Chipre, é
uma cidade dourada pelo calor e pela sorte, o resort mais requisitado do
Mediterrâneo. Um casal ambicioso decide abrir um hotel que prime pela
sua exclusividade, onde gregos e cipriotas turcos trabalhem em harmonia.
Duas
famílias vizinhas, os Georgious e os Özkans, encontram-se entre os
muitos que se radicaram em Famagusta para fugir aos anos de inquietação e
violência étnica que proliferam na ilha. No entanto, sob a fachada de
glamour e riqueza da cidade, a tensão ferve em lume brando…
Quando
um golpe dos gregos lança a cidade no caos, o Chipre vê-se a braços com
um conflito de proporções dramáticas. A Turquia avança para proteger a
minoria cipriota turca e Famagusta sucumbe sob os bombardeamentos.
Quarenta mil pessoas fogem dos avanços das tropas.
Na cidade deserta, restam apenas duas famílias. Esta é a sua história."
A opinião da Vera
Depois de ter lido "A Ilha" fiquei completamente rendida à autora e
quando vi a capa deste livro e o nome Victoria Hislop, não precisei de
ler a sinopse para saber que o queria ler. É daqueles poucos casos em
que o nome do autor, para mim, é suficiente.
Ainda bem Hotel
Sunrise não me tenha agarrado da mesma forma, não deixa de ser um livro
muito bem escrito, com todos os componentes que aprecio num livro e com
uma escrita que, não só nos ensina como nos faz pensar.
Mais
uma vez a autora dá a conhecer um cenário de guerra, neste caso o
conflito no Chipre, entre cipriotas turcos e gregos. Povos com culturas
diferentes e que vivem numa harmonia aparente, que explode com o Golpe
Militar de 1974. Sem ser enfadonho, a autora vai fazendo o relato, ao
longo do livro, deste conflito, por forma a que o leitor entenda o
contexto da narrativa e conseguindo enaltecer valores em que a amizade e
o espírito de sobrevivência se sobrepõem a cenários em que foram
cometidas atrocidades chocantes.
Mais do que
as personagens e a história das duas famílias que ficam a viver em
Famagusta, no decorrer do conflito, quando esta é isolada, cativou-me o
próprio Hotel Sunrise e toda a história que ele envolve, e o conflito
bélico que ocorreu durante a narrativa. Ver como Famagusta era e como
fica é uma visão dolorosa. E digo "ver" porque a autora tem essa
capacidade - a de transportar o leitor para o local permitindo-lhe
vivenciar a narrativa como se de um personagem se tratasse.
É uma autora que escreve de forma brilhante e cujos livros recomendo.
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