Dever de Viver
Escolhas
Quando a luz do sol quiser nascer,
sobre os campos de trigo dourado,
brilhando no verde das densas florestas,
quebrando da noite, o sono gelado.
Voaram as pombas, fugiram os cerdos,
galgou caminho, o meu corcel.
fujo da coroa, fujo escondida,
deixo para trás, um reino cruel.
O coração bate e a razão engana
nesta batalha sem trégua ou valor,
não desejo lutas, mas deixo esta terra,
caindo em braços, fugindo da dor.
Não importa o que o povo odeia,
há muito que deixei de escutar,
por ele morria na última ceia,
por ti atiro o corpo ao mar.
Nem que eu arda no fogo do inferno,
nem que a guerra se queira mostrar,
o engano da paz, pura e eterna,
é mais um pecado, para o mundo tombar.
Ao amor escolho, e a certeza de o ter,
que ele me guie como guia um farol.
és meu inimigo, mas quero teu abraço,
quero o teu beijo, ao pôr do meu sol.
Se ousar um dia ao meu reino voltar,
trarei a alegria que sempre me apraz,
mostrarei a essa gente, com plena razão,
para sempre é o amor, a paz é que não.
A.D. 2013
Este poema foi escrito para participarmos no passatempo "ALERA" do blog Pedacinho Literário.
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