SINOPSE: “Parece que a morte vem sempre à tona da água.”, frases como estas marcam o tom do novo e esperado romance de Afonso Cruz.
Com a originalidade que o caracteriza, Afonso Cruz, constroí uma narrativa de personagens singulares e marcantes, numa terra quase imaginária, que é o Alentejo.
Uma pequena aldeia alentejana transforma-se em Jerusalém graças ao amor de uma rapariga pela sua avó, cujo maior desejo é visitar a Terra Santa. Um professor paralelo a si mesmo, uma inglesa que dorme dentro de uma baleia, uma rapariga que lê westerns e crê que a sua mãe foi substituída pela própria Virgem Maria, são algumas das personagens que compõem uma histórica comovente e irónica sobre a capacidade de transformação do ser humano e sobre as coisas fundamentais da vida, como o amor, o sacrifício e a cerveja.
Este livro inclui a oferta do mini-western «A morte não ouve o pianista»."
Com a originalidade que o caracteriza, Afonso Cruz, constroí uma narrativa de personagens singulares e marcantes, numa terra quase imaginária, que é o Alentejo.
Uma pequena aldeia alentejana transforma-se em Jerusalém graças ao amor de uma rapariga pela sua avó, cujo maior desejo é visitar a Terra Santa. Um professor paralelo a si mesmo, uma inglesa que dorme dentro de uma baleia, uma rapariga que lê westerns e crê que a sua mãe foi substituída pela própria Virgem Maria, são algumas das personagens que compõem uma histórica comovente e irónica sobre a capacidade de transformação do ser humano e sobre as coisas fundamentais da vida, como o amor, o sacrifício e a cerveja.
Este livro inclui a oferta do mini-western «A morte não ouve o pianista»."
A minha opinião
Depois de ter lido alguns livros do autor, estava à espera de uma outra abordagem, não sei explicar porquê.
De início estranhei o desenvolvimento da estória e ainda estou a “ressacar” o final da mesma. Acho que não o compreendi, sei lá, não estava à espera daquela reviravolta, fiquei deveras surpreendida e não sei se gostei, mas admiro a criatividade do autor e a sua capacidade de nos colocar “de pernas para o ar”. No entanto, ao longo da narrativa fui-me ligando à escrita e às personagens, extraordinariamente bem construídas. Fui-me ligando aos acontecimentos algo estranhos. Senti claramente que o cunho do autor está lá, a sua escrita é inconfundível, dura e crua, explorando ideias e filosofias muito próprias.
É uma estória muito estranha, que não entranha à primeira em qualquer leitor. É fundamental e necessária uma determinada atenção para a compreender, para refletir sobre as situações, para as interligar, mas será certamente essa uma das funções primordiais da escrita, creio eu. É uma estória de momentos, de pareceres que depois não o são e, de sonhos… principalmente de sonhos.
A ação passada num tempo indeterminado leva o leitor a questionar-se constantemente. As personagens ingénuas, brutas, ignorantes, sonhadoras, incompreendidas, revoltadas, transportam-nos por um Alentejo/Fim de mundo, longe da civilização, mas tão pleno de amor, sofrimento, partilha e entreajuda como só quem lá vive pode testemunhar.
Como já referi, com uma escrita muito própria, divertida até, mas que não descura a sua beleza em termos literários, complementada com o humor, as metáforas, a filosofia e a sua irreverência, Afonso Cruz premeia-nos com mais um belo livro que, não deixará ninguém indiferente!
Este livro vem acompanhado de um pequeno conto que serve de complemento a uma parte fundamental da narrativa, conto esse que achei muito interessante.
Muito interessante... Vai passar a constar na minha lista de livros a ler.
ResponderEliminarFazes muito bem!
EliminarBjinhos