A monotonia espalha-se
pelas minhas veias
como veneno letal
o meu corpo cambaleia
perante o som, que o silêncio faz
Tenho receio
de te perder
solidão
é lá que me encontro
contigo
O vazio que me toma
é ambíguo e ridículo
enquanto me dói a alma
enquanto o meu sorriso dissimula
o escuro inverno
Mas o céu continua azul
borrifado de brancas nuvens
enquanto eu deixo escorrer
meus medos esquálidos
para que ninguém os veja
Enjoo da multidão
que me cerca, mas não me aquece
deste cansaço frio
que ninguém sente
nem merece
António Madureira
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