SINOPSE: «O meu pai diz que passo muito tempo em casa, diz que devo comunicar com as pessoas, e eu, claro, obedeço porque o meu pai costuma dar bons conselhos e usa barba. Muito bem, disse-lhe eu, mas o que significa misantropo?»
Um brilhante conjunto de situações e de personagens do quotidiano com um acento de reflexão sobre a atualidade social - a Crise - de forma acessível e sensível aos mais jovens.
A minha opinião
Sou leitora ávida dos livros deste autor. A sua escrita tem
um toque de magia que nos transporta para lugares reais ou simplesmente mágicos
que povoam o nosso dia-a-dia, a nossa realidade, os nossos sonhos.
“Assim, mas sem ser
assim” aborda questões reais, vistas pelos olhos de uma criança, que nos põe a
nu, que nos põe a pensar nas imensas contradições em que mergulhamos. Contradições
que nos escapam a nós adultos, mas não às crianças que são seres muito
observadores, críticos e sinceros. A sua escrita bastante metafórica e irónica,
leva-nos à autorreflexão e ao autoquestionamento. Ensina-nos a olhar de forma
diferente para a nossa realidade. A nossa visão da realidade modificou-se ao
longo dos anos, o significado das palavras que usamos alterou-se, expandindo-se
ou não, mas o que é certo é que o seu sentido não é sempre o mesmo. Há
palavras que cresceram e outras desapareceram, quem sabe por falta de uso ou
por serem banais. Com elas somos levados a recordar, a ponderar e a sorrir quando
confrontados com as realidades que vivemos, com as quais convivemos e
compactuamos quase sem nos apercebermos. Um livro que aborda um tema bastante
atual com uma mestria muito peculiar e com uma imaginação que me surpreende
sempre. Perante a nossa realidade todos somos “misantropos”, “misantortos”
ou até “misantodos”! Mas às vezes é
melhor assim do que andar por aí a falar o que não devemos. Ou será que não?!
O autor brinda-nos com livros pequenos como “A contradição
humana”, “O livro do ano”, e “Assim, sem ser assim” e, deixa-nos ansiosos para
mais e mais. Parece que estes pequenos textos acessíveis aos mais jovens, mas
tão profundos, são como “detonadores” para o querer ler mais, para o procurar
mais a singular e incomparável escrita de Afonso Cruz.
Olá.
ResponderEliminarCada vez com mais vontade de experimentar algo deste escritor, até tenho quem me empreste mas não consigo ler tudo o que queria, quanto mais emprestado.
Gostei do teu comentário :)
Bjs
Acho que deves arranjar um espacinho. Acredito que vais gostar Fiacha!
Eliminarbj