António Lobo Antunes
"Quem lê é a classe média."
"A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos."
(Por isso o ataque do nosso governo à classe média! Está provado.)
BIOGRAFIA
Nascido e criado em Lisboa, licenciou-se em Medicina, optando pela especialidade de Psiquiatria. Entre 1970 e 1973 viveu em Angola, onde participou, como tenente médico do Exército, na Guerra do Ultramar. Posteriormente exerceu a profissão no Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, até 1985.
Em 1979 publicou os primeiros livros, Memória de Elefante e Os Cus de Judas, que obtiveram grande êxito e muito boa receptividade da critica, seguindo-se, em 1980, Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros são marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; transformaram-no imediatamente num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos, no âmbito nacional e internacional.
António Lobo Antunes começou por utilizar o material psíquico que
tinha marcado toda uma geração: os enredos das crises conjugais, as
contradições revolucionárias de uma burguesia empolgada ou agredida pelo
25 de Abril, os traumas profundos da guerra do ultramar e o regresso
dos portugueses do ultramar à pátria primitiva. Isto permitiu-lhe, de
imediato, obter adesão junto de uma certa facção de leitores, que, no
entanto, não foi acompanhado pelo lado da crítica. A pouca adesão a um
estilo excessivo que rapidamente foi classificado de «gongórico» e o
tipo de público, contribuíram para alguns desentendimentos persistentes
que se atenuaram com a repercussão internacional (em particular em França) que a obra de António Lobo Antunes obteve, mas que não desapareceram.
António Lobo Antunes tornou-se um dos escritores portugueses mais
lidos, vendidos e traduzidos em todo o mundo. Pouco a pouco, a sua
escrita concentrou-se numa temática concreta, adensou-se sem grande
eficácia narrativa, ganhou em espessura e perdeu em novidade,
compensando isto com recurso ao confronto e ao choque. De um modo
impiedoso e obstinado, o autor trata a sua visão distorcida sobre o
Portugal do século XX.
A sua obra prosseguiu numa contínua renovação linguística, tendo os seus romances seguintes (Exortação aos Crocodilos, Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura, Que Farei Quando Tudo Arde?, Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo), bem recebidos pela crítica, marcando definitivamente a ficção portuguesa dos últimos anos.
Em 2005 foi distinguido com um dos mais importantes prémios literários do mundo: o Prémio Jerusalém. Em 2007 foi distinguido com o Prémio Camões, o mais importante prémio literário de língua portuguesa. Em 2008 foram-lhe atribuídas, pelo Ministério da Cultura francês, as insígnias de Comendador da Ordem das Artes e das Letras francesas.
Wikipédia (adaptado)
BIBLIOGRAFIA
Memória de Elefante, 1979
Os Cus de Judas,
1979
A Explicação dos
Pássaros, 1981
Conhecimento do
Inferno, 1981
Fado Alexandrino,
1983
Auto dos Danados,
1985
Tratado das
Paixões da Alma, 1990
A Ordem Natural das
Coisas, 1992
A Morte de Carlos
Gardel, 1994
A História do
Hidroavião (ilustrações de Vitorino), 1994
Manual dos
Inquisidores, 1996
O Esplendor de
Portugal, 1997
Livro de Crónicas,
1998
Exortação aos
Crocodilos, 1999
Não Entres Tão
Depressa Nessa Noite Escura, 2000
Que farei quando
tudo arde?, 2001
Segundo Livro de
Crónicas, 2002
Letrinhas das
Cantigas (edição limitada, 2002)
Boa Tarde às
Coisas Aqui em Baixo, 2003
Eu Hei-de Amar Uma
Pedra, 2004
D'este viver aqui
neste papel descripto: cartas da guerra ("Cartas da Guerra"), 2005
Terceiro Livro de
Crónicas, 2006
Ontem Não Te Vi Em
Babilónia, 2006
O Meu Nome é
Legião, 2007
O Arquipélago da
Insónia, 2008
Que Cavalos São
Aqueles Que Fazem Sombra no Mar?, 2009
Sôbolos Rios Que
Vão, 2010
Quarto Livro de
Crónicas, 2011
Comissão das
Lágrimas, 2011
Não É Meia Noite
Quem Quer, 2012
Já li vários e curiosamente estou a ler "O meu nome é legião".
ResponderEliminarEu ainda não conheço a escrita do autor, mas o meu marido aprecia bastante!
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