SINOPSE: "Esta estranha história
passa-se no século XVIII e há todo um extraordinário trabalho de
reconstituição histórica, não só da época e das mentalidades como do
ofício de perfumista, que então era particularmente valorizado e que
estava a cargo de artesãos especializados. O autor conduz o leitor de
página em ágina, de odor, em odor, de perfume em perfume, enebriando-o,
arrebatando-o nessa alquímica busca do Absoluto que é a do seu
personagem: a busca do perfume ideal, isto é, a forma suprema da Beleza.
Nesta busca nada deterá Jean-Baptiste Grenouille - que nascera no meio
dos mais nauseabundos fedores, numa banca de peixe -, nem mesmo os
crimes mais hediondos. Este personagem possui no entanto algo de
extremamente inquietante, a sua própria incorrupta pureza. É o primeiro
romance publicado por Patrick Süskind, um alemão nascido na Baviera, que
até aqui escreve uma única peça para o teatro. Com O Perfume,
Süskind emergiu meteoricamente do anonimato. A crítica internacional dos
mais diversos sectores tem-no distinguido como um dos mais importantes
romances desta década, constituindo este livro um dos mais assombrosos
casos de bestseller dos últimos tempos, em todo o mundo."
Opinião da Andreia Silva
Participação num passatempo
"O Perfume" é um livro já transformado em
clássico da literatura mundial e por isso tem aquele quê-de-clássico que o
torna diferente de todos os outros livros sem esse estatuto!
Confesso que estava à espera de alguma coisa diferente! Como o subtítulo em português é "História de um Assassino" esperava encontrar uma espécie de policial, talvez! Mas, mesmo que seja definido como tal, não tem ar de policial comum, até porque este assassino também não o é.
Em toda a totalidade do livro existe uma extensa e pormenorizada descrição de cheiros. Se, durante toda a vida, a maioria dos seres humanos têm uma certa dificuldade em descrever cheiros, este livro fornece-nos todos os adjectivos usados para tal. Nisso, o autor supera qualquer capacidade de descrição.
Tirando este belíssimo uso de adjectivos, o livro não me conseguiu cativar para entrar na história. O enredo é original, e encontra-se num ponto alto da literatura. É um mistura de realidade com fantasia, de acontecimentos cruéis e brutos com factos de delicadeza, especialmente quando Grenouille se isola a fabricar os cheiros!
Não é um tipo de escrita comum. Não é um livro de gosto universal. Não teve algo que me fizesse apaixonar pelo livro e devorá-lo, mas teve algo que, apesar de não ter adorado, não me vai permitir deixar esquecê-lo.
Confesso que estava à espera de alguma coisa diferente! Como o subtítulo em português é "História de um Assassino" esperava encontrar uma espécie de policial, talvez! Mas, mesmo que seja definido como tal, não tem ar de policial comum, até porque este assassino também não o é.
Em toda a totalidade do livro existe uma extensa e pormenorizada descrição de cheiros. Se, durante toda a vida, a maioria dos seres humanos têm uma certa dificuldade em descrever cheiros, este livro fornece-nos todos os adjectivos usados para tal. Nisso, o autor supera qualquer capacidade de descrição.
Tirando este belíssimo uso de adjectivos, o livro não me conseguiu cativar para entrar na história. O enredo é original, e encontra-se num ponto alto da literatura. É um mistura de realidade com fantasia, de acontecimentos cruéis e brutos com factos de delicadeza, especialmente quando Grenouille se isola a fabricar os cheiros!
Não é um tipo de escrita comum. Não é um livro de gosto universal. Não teve algo que me fizesse apaixonar pelo livro e devorá-lo, mas teve algo que, apesar de não ter adorado, não me vai permitir deixar esquecê-lo.
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