SINOPSE: "Por vezes, o sonho confunde-se com a realidade. Uma imagem vale mais
que mil palavras e dessa imagem pode resultar uma paixão, um novo
sentido de vida, ou algo que nos tire o chão por instantes. O ser humano
tem capacidade de visualização para além do óbvio. As cores e as formas
falam connosco. Fazem-nos viajar e sonhar sem fronteiras, imaginar
histórias de amor esbatidas em telas, nas quais o tempo ali não tem
lugar. Podemos ser a própria imagem e dela fazermos parte. A imagem é só
a porta de entrada para o sonho, que pode ser o seu.
É de uma viagem que se trata neste romance, uma viagem ao amor que
começa numa tela de uma aguarela. Alguém que vive uma aventura amorosa
sem precedentes. Alguém que tentou conhecer a mulher misteriosa que
habitava naquela aguarela que não tinha nome e que lhe quis dar um nome,
um nome pelo qual o sonho se quis viver e amar; alguém que esperava na
tela ser encontrada e voltar a sorrir nas cores de uma aguarela, que
nunca quis ter nome. Um romance com um final surpreendente."
A minha opinião
Um autor que não conhecia e, como sabem, sou uma eterna
curiosa sobre autores portugueses. A primeira surpresa surgiu com o facto de
descobrir José Guerra na poesia. Adoro poesia e fiquei bastante entusiasmada
com o lado poético do autor.
Quanto a este livro, conta-nos a história de uma paixão nascida de uma aguarela, um quadro sem autor, uma imagem sem nome. Tudo gira à volta dessa imagem, da qual nasce uma paixão, um amor vivido na pressa de uma viagem, nos passos de uma fuga. Um amor que se revelou talvez unilateral e quem sabe egoísta pela parte feminina. Foi assim que o senti. A história não é muito complicada, as personagens são equilibradas e a escrita do autor é de tal forma poética que nos embala claramente na leitura.
No entanto, acho que a parte amorosa se perdeu um pouco entre as imensas descrições de lugares, de situações, de acontecimentos. O autor é muito minucioso nas descrições, não que não sejam bem construídas, não é isso, senti apenas que gostaria de ter visto mais romance, mais história. Uma história que, no meu ponto de vista, merecia mais umas quantas páginas, principalmente de romance. Problemas de uma eterna romântica!
“Pinto-te de uma aguarela sem nome, de uma cor sem sabor, mas que a saudade me sabe, nos teus beijos aveludados os meus lábios se descansam, amar-te é pouco quando te percorro nos dedos tímidos como os salpicos de mar que me beijam o olhar, és tu amor na tela, pena seres aguarela…”
Vou procurar ler outros registos deste autor!
Tem uma escrita muito poética, mas não sei se isso jogará a seu favor para prender o leitor, especialmente se as suas descrições são demasiados pormenorizadas.
ResponderEliminarA capa do livro é muito bonita, apesar da sua simplicidade :)
É isso Ana, na poesia, adorei. Na narrativa falta o "danoninho"!
EliminarAcredito que vá melhorar. :)