o pó das coisas aquieta-se,
afunda-se e morre
tão escuramente dentro do meu ser
que se arrasta como verme
para a cova escura donde vai outra vez
nascer.
tão escuramente caminho
à beira-lágrima
onde um deus se perdeu.
tu e eu, oh morte
somos duas eternas adagas!
a dormir ou acordados debaixo das mesmas fragas
e cruzando o mesmo céu,
por teimosia vivemos
respirando afogados no fundo
das mesmas águas.
juntos, como as aves
em dias tardios de invernia,
partimos
como duas naves
cruzando infinitos céus
em busca doutro paraíso e de outro deus.
Obrigado pela divulgação. Autor: Alvaro Giesta
ResponderEliminarObrigada eu pela visita e por fazer parte dos seguidores do "Ler é Viver".
EliminarAdoro poesia e descobri as suas belas palavras através do FB.
Vou divulgando poesia e poetas neste meu humilde espacinho. Se conseguir chegar a mais um leitor que seja, já tenho o meu objetivo cumprido.
Bem haja pelo que escreve e pelo que nos faz sentir com a leitura dos seus poemas!
Clarinda (Administradora do Ler é Viver)