Poesia - Conto de Poetas II

Neste último sábado de fevereiro, recordo o primeiro sábado deste mesmo mês. 

No dia 01 foi lançada a Antologia da NPE - "Conto de Poetas II" onde, pela primeira vez, as minhas filhas publicaram alguns dos seus poemas.

Deixo-vos dois apontamentos dos seus escritos publicados.

Espero que apreciem e me deem o vosso feedback!

Fé em Deus

Se me sinto sozinha,

Deus é o meu amigo.

Se me sinto traída,

Deus é a minha saída.

Se me sinto triste,

Deus é o meu sorriso.

Se me sinto tal como tu,

Deus é mais do que tudo.

A fé é meu refúgio,

meu espaço, meu ar.

Deus é um companheiro

a quem tudo posso contar.

A fé é meu caminho

que tenho para percorrer.

Esse caminho é a vida

que tenho para viver.

A fé não é magia

mas sim o sol do dia

que ao acordar me chama.

A fé é amor eterno

e sei que lá em cima

existe alguém que me ama.

Adelaide C.E. (13 anos)

Borracha apagada

 

A minha alma vive, triste e pálida,

Como a geada no chão erguida,

Cicatrizada de um negro luto,

Mascarada de uma dor escondida.

Vivi corrigindo meu amo,

Apaguei palavras já lançadas,

Não sou silêncio, mas sou quem cala,

Guardo memórias que te fizeste esquecer.

Vejo a morte mais perto cada dia,

Como quem lentamente adormece,

O meu dossel é tela fria,

De um caderno aberto que envelhece.

No dia em que enfim desaparecer,

Terá chegado a hora certa?

Triste destino este de ser,

Uma borracha, na mão de um poeta.

Daniela C.E. (15 anos)