Cavalo de fogo/Paris - Opinião

SINOPSE: "Uma poderosa história de amor tendo como pano de fundo o conflito israelo-palestiniano.

Matilda Martínez, uma jovem pediatra argentina, viaja até Paris para aprender o idioma antes de partir para o Congo, ao serviço de uma ONG, para ajudar os mais carenciados. Apesar das suas inseguranças, traumas e dramas, a determinação de Matilde é tão forte que nada nem ninguém conseguirá demovê-la de cumprir o seu sonho.
Eliah Al-Saud é um homem poderoso e sem piedade, descendente da família real saudita. Dono de uma empresa de segurança privada, o negócio serve de fachada a um outro tipo de serviços: de espionagem, segurança e formação de mercenários.
Desde o seu primeiro encontro que o destino os unirá numa paixão tão intensa e irrefreável que nada poderão fazer para evitar a conspiração crescente que ameaça não apenas o seu amor, mas também as suas vidas.
No cenário ameaçador e bélico do conflito israelo-palestiniano, Matilde e Eliah viverão uma aventura que os levará a percorrer o mundo e a enfrentar os perigos que cercam todos aqueles que ousam desafiar os impérios dominantes."

Opinião da Filipa

 
Uma estória repleta de intriga, traição, romance e interesses.

Considero-o um thriller geopolítico, que contém um romance obsessivo. Obsessivo porquê? Porque os homens não podem olhar para a protagonista (Matilde), porque não lhe podem tocar, não podem falar com ela e rirem-se com ela, não lhe podem telefonar (as partes dos ciúmes do amigo de infância que é gay então... ).
Ela não pode vestir roupas assim ou assado. Ela não pode aceitar presentes do amigo e, se não aceitar do Eliah (protagonista masculino principal) já o está a desprezar. . .

Ela é muito frágil e. . . demasiado ingénua na minha opinião. Foi muito maltratada em casa e já passou por muito. Daí agir como age, mas certas reacções. . . são exageradas no meu parecer.

O que adorei mas adorei mesmo no livro foi a amiga Juana, de Matilde. As suas tiradas descontraídas e bem dispostas são uma lufada de ar fresco. Uma amiga com A grande de Matilde. Uma grande protectora de Matilde (não sei se ela ainda precisa de protecção. . . aliás, ela persegue os seus sonhos, também tem determinação e sabe o que quer. Ás vezes. . . volta e meia, volta a ser frágil. . .).
Impulsionadora do romance entre ELiah e Matilde duma maneira maravilhosa.

O livro é muito denso. Contém demasiados pormenores e personagens pelo que se tornou uma leitura morosa para mim. No entanto, uma vez que se retrata (excelentemente) o conflito israelo-palestiniano, muitos dos pormenores são necessários para se perceber todos os contornos da intriga. Algumas personagens secundárias são realmente importantes e temos de ter a devida atenção no seu acompanhamento pois elas seguem para o segundo volume. . .

Perto do fim, o livro ganhou novos contornos e em breve quero pegar no segundo volume pois suscitou-me curiosidade.
A estória é bonita no seu desenrolar e aprende-se realmente algo com.
Posso no meu caso referir que, por exemplo, pesquisei sobre o que é "PORFIRIA" e o que é "MASKIROVKA" entre outras coisas.
Não é um livro monótono. Há sempre algo a acontecer.