Divergente - Opinião

SINOPSE: "Na Chicago distópica de Beatrice Prior, a sociedade está dividida em cinco fações, cada uma delas destinada a cultivar uma virtude específica: Cândidos (a sinceridade), Abnegados (o altruísmo), Intrépidos (a coragem), Cordiais (a amizade) e Eruditos (a inteligência). Numa cerimónia anual, todos os jovens de 16 anos devem decidir a fação a que irão pertencer para o resto das suas vidas. Para Beatrice, a escolha é entre ficar com a sua família... e ser quem realmente é. A sua decisão irá surpreender todos, inclusive a própria jovem.

Durante o competitivo processo de iniciação que se segue, Beatrice decide mudar o nome para Tris e procura descobrir quem são os seus verdadeiros amigos, ao mesmo tempo que se enamora por um rapaz misterioso, que umas vezes a fascina e outras a enfurece. No entanto, Tris também tem um segredo, que nunca contou a ninguém porque poderia colocar a sua vida em perigo. Quando descobre um conflito que ameaça devastar a aparentemente perfeita sociedade em que vive, percebe que o seu segredo pode ser a chave para salvar aqueles que ama... ou acabar por destruí-la."

A opinião da Filipa

Quando temos que fazer uma escolha entre ser sempre altruísta,
sempre sincero,
sempre inteligente,
sempre corajoso
e
sempre cordiais/amigáveis,
o que escolhemos nós?

Beatrice, tem dezasseis anos e chegou a hora dela escolher o seu caminho.
Vinda de uma família de abnegados (facção altruísta), o caminho mais certo é continuar o "trabalho" de família.
No entanto, ela sempre sentiu que ser altruísta o tempo todo não é bem aquilo que ela sente e quer.
Deixa isso para o irmão dela que tem muito mais jeito e com certeza irá escolher esse lado. . .

Beatrice, sabe que, no dia da escolha, vai ter de decidir e ao fazê-lo vai também escolher entre permanecer no seio familiar ou ir em busca de coisas novas, pois, neste mundo criado por Veronica Roth, impera:
"A facção antes do sangue!".
Quando se escolhe é para sempre.

Este livro está recheado de acção.
Os capítulos são curtos e terminam sempre em tensão.
A partir do momento em que Beatrice escolhe o seu caminho, somos levados por reviravoltas e caminhos com uma velocidade estonteante.
Conhecemos personagens com personalidades arrepiantes.

A partir do momento em que Beatrice entra no mundo que daqui para a frente vai ser o seu para sempre, ficamos a saber curiosidades muito interessantes sobre a família. . .

As amizades que faz, novas, também elas têm o seu quê de atractivo.
São todas diferentes, no entanto, todas iguais no objectivo. . .

Podemos ver o que as outras facções fazem e têm como objectivo, ficando a saber que várias prioridades mudaram. . .

Há ganância e sede de poder. Muita sede de poder. . .

No meio de tanta acção, há ainda tempo para um romance, que começa quase imperceptivelmente e lentamente vai a bom porto. . .
No meio das desigualdades, encontram-se igualdades que prometem fazer suspirar os mais reticentes. . . Um carinho aqui, um olhar acolá. . .

Assistimos ainda a crueldade pura entre os mais velhos e, sobretudo entre os mais novos. . . ao que a competição leva e chega. . .

A competição ataca de diferentes maneiras e se a uns, faz a adrenalina crescer a outros deita-os abaixo completamente e pode levar. . . a remorsos e. . . à morte.

A única coisa que não me faz dar as 5 estrelas completas é a parte do fim. . . achei um pouco precipitado, a partir do momento em que se sabem determinadas decisões, partiu-se logo para... o que se seguiu, mas, como é uma trilogia, talvez seja explicado e continuado no segundo volume a que mal posso deitar a mão.

Deixo a pergunta para quem for ler o livro. . . .

A facção antes ou depois do sangue?