SINOPSE: "Camila é médica num estabelecimento prisional da Grécia e sente-se
feliz com o que tem: até certo dia. Neste certo dia, conhece uma pessoa
que vai mudar o seu mundo: Tiago, o mais novo recluso daquela prisão.
Porém, apesar de ser um recluso, Camila sente-se atraída e fascinada por ele. Apesar de lutar contra o seu coração, é este que vence e ela apaixona-se: irremediavelmente.
Porém, apesar de ser um recluso, Camila sente-se atraída e fascinada por ele. Apesar de lutar contra o seu coração, é este que vence e ela apaixona-se: irremediavelmente.
No entanto, Tiago, que foi acusado de ter morto um importante homem da Grécia, diz ser inocente.
A busca incessante de descobrir onde está a verdade e a justiça percorre todo este romance, enquanto Camila e Tiago se vêem cada vez mais envolvidos.
Valores como a família, a amizade, o amor, a verdade e a justiça são tratados neste segundo romance de Patrícia Carreiro do princípio ao fim."
A busca incessante de descobrir onde está a verdade e a justiça percorre todo este romance, enquanto Camila e Tiago se vêem cada vez mais envolvidos.
Valores como a família, a amizade, o amor, a verdade e a justiça são tratados neste segundo romance de Patrícia Carreiro do princípio ao fim."
A minha opinião
Não sei muito bem por onde começar… Este é um livro de uma
autora que está a dar os primeiros passos na escrita. Posso classificar esta
estória como relativamente interessante, com um fio condutor equilibrado, escrita
de forma limpa que não satura tornando-se clara e bastante acessível. A
narrativa que achei previsível, até quase ao fim, acabou por me surpreender no
capítulo final. A autora mostrou coragem em não escrever um final cliché que
apesar de ser “um ideal” é diferente e aceitável perante o desenrolar da trama.
Mostrou um pouco da sua garra, o seu possível potencial e a possibilidade de
poder crescer muito mais no penúltimo capítulo em que a personagem principal
masculina toma as rédeas da narrativa e expõe os seus sentimentos. Tive pena
que não arriscasse nas cenas de amor/sexo que poderiam enriquecer a narrativa,
sendo que estas partes passaram pela estória como que “envergonhadas” ou até
proibidas.
Achei falta da sinopse no próprio livro e achei a estória pouco rica. Não consegui entender o porquê de se ter passado na Grécia e o porquê de tanto nome português naquele lugar. A pouca profundidade dos diálogos e das descrições, a fraca pesquisa em relação ao contexto espacial e em relação aos assuntos médicos e legais que se transformaram em passagens muito pobres, tornaram a estória menos credível e mais “imatura”, se assim a posso designar.
Encontrei ainda algumas incorreções ou contradições* no desenrolar da narrativa que se podem ou não considerar graves e só são desculpáveis pela pouca experiência da autora na arte da escrita. Não quero com isso desmoralizar ninguém, é apenas a minha opinião, opinião de quem acredita que a autora pode melhorar imenso. Penso que tem um caminho a percorrer, para garantir o seu lugar na escrita em Portugal. Incentivo a autora a seguir esse caminho, se é esse o seu sonho, ouvindo todos, ponderando, revendo, aprendendo mais e mais. E, porque não recorrer a leitores Beta? Ajudaria a distanciar-se do que escreveu e a ponderar alternativas que enriqueceriam certamente a sua escrita.
* Encontrei ainda algumas incorreções ou contradições no desenrolar da narrativa quando: se fala de “cabelo ligeiramente calvo” que não sei o que é, quando os primos da protagonista perguntam pelos pais, se eles já tinham falecido e as crianças viviam com os avós, quando diz que saiu de casa e foi viver com a amiga e mais tarde refere que conheceu o marido na residência de estudantes para onde foi quando saiu de casa. Continuei sem entender o facto de se ter um doente inconsciente e se mandar embora a equipa de saúde ficando à espera que ele acorde sem nada mais fazer, não entendo porque um advogado já reformado tem ainda um caso que pode resolver como se de um prémio se tratasse, não entendo como é possível um advogado defender alguém sem provas concretas, só a intuição não chega, não entendo quando se referem procedimentos ou termos médicos incorretamente, como medir a diabetes ou medir nível de diabetes, já não sei precisar, ou se faz uma cirurgia num hospital prisional que me pareceu apenas um lugar de consultas e tratamentos, tipo centro de saúde. O facto do irmão do recluso não aparecer durante anos e depois estar também na Grécia é fantasioso. Sendo esta personagem e o seu papel vagos/vazios, porquê aparecer se só serve para informar que o irmão está inocente, de nada serve e ninguém nada faz para provar a inocência do acusado que acaba por perder anos de vida e uma vida de amor.
Achei falta da sinopse no próprio livro e achei a estória pouco rica. Não consegui entender o porquê de se ter passado na Grécia e o porquê de tanto nome português naquele lugar. A pouca profundidade dos diálogos e das descrições, a fraca pesquisa em relação ao contexto espacial e em relação aos assuntos médicos e legais que se transformaram em passagens muito pobres, tornaram a estória menos credível e mais “imatura”, se assim a posso designar.
Encontrei ainda algumas incorreções ou contradições* no desenrolar da narrativa que se podem ou não considerar graves e só são desculpáveis pela pouca experiência da autora na arte da escrita. Não quero com isso desmoralizar ninguém, é apenas a minha opinião, opinião de quem acredita que a autora pode melhorar imenso. Penso que tem um caminho a percorrer, para garantir o seu lugar na escrita em Portugal. Incentivo a autora a seguir esse caminho, se é esse o seu sonho, ouvindo todos, ponderando, revendo, aprendendo mais e mais. E, porque não recorrer a leitores Beta? Ajudaria a distanciar-se do que escreveu e a ponderar alternativas que enriqueceriam certamente a sua escrita.
* Encontrei ainda algumas incorreções ou contradições no desenrolar da narrativa quando: se fala de “cabelo ligeiramente calvo” que não sei o que é, quando os primos da protagonista perguntam pelos pais, se eles já tinham falecido e as crianças viviam com os avós, quando diz que saiu de casa e foi viver com a amiga e mais tarde refere que conheceu o marido na residência de estudantes para onde foi quando saiu de casa. Continuei sem entender o facto de se ter um doente inconsciente e se mandar embora a equipa de saúde ficando à espera que ele acorde sem nada mais fazer, não entendo porque um advogado já reformado tem ainda um caso que pode resolver como se de um prémio se tratasse, não entendo como é possível um advogado defender alguém sem provas concretas, só a intuição não chega, não entendo quando se referem procedimentos ou termos médicos incorretamente, como medir a diabetes ou medir nível de diabetes, já não sei precisar, ou se faz uma cirurgia num hospital prisional que me pareceu apenas um lugar de consultas e tratamentos, tipo centro de saúde. O facto do irmão do recluso não aparecer durante anos e depois estar também na Grécia é fantasioso. Sendo esta personagem e o seu papel vagos/vazios, porquê aparecer se só serve para informar que o irmão está inocente, de nada serve e ninguém nada faz para provar a inocência do acusado que acaba por perder anos de vida e uma vida de amor.
Viva,
ResponderEliminarGostei de ler o teu comentário, criticaste mas de forma construtiva e até dando sugestões, parece-me bem :)
Bjs e boas leituras
Pensei bastante sobre o que publicar. :(
EliminarTenho uma página cheia de apontamentos relativos às contradições e erros da narrativa. Mas acho que esse papel não será certamente o meu. Será a editora ou quem ajuda a rever que deve trabalhar melhor. Ninguém me paga para isso! loool
A escrita é, no entanto, muito certinha, sem erros e bastante clara e acessível.
Pois mas penso que há Editoras, como a Chiado, que publicam mediante pagamento, logo podem não fazer revisão, algo que considero mau, pois não ajudam a que se melhore o que cá se publica e nem falo só de revisão mas trabalho de Editor, dizer que tens que melhorar aqui e ali, mas pronto pelo que percebo tem potencial, faltou limar arestas digamos assim.
EliminarSim isso deve ser trabalho de Editora ;)